Seguindo o exemplo de outras montadoras, como Mercedes-Benz, BMW e Audi, por exemplo, a Volkswagen não quer ficar de fora do milionário mercado de compartilhamento de carros on demand e ativados por meio de aplicativo. O presidente global da empresa, o executivo Mattias Mueller, anunciou o lançamento do sistema Moia, que, nas suas palavras, pode ajudar os consumidores não-proprietários de automóveis a serem clientes da marca. A ideia é fazer frente ao Uber e aos sistemas similares com uma solução própria. O alvo são os clientes que não desejam ser proprietários, mas ter à mão um automóvel quando tiver necessidade.
A montadora alemã não deu atenção à essa nova realidade e ficou atrás das rivais, mas está de olho nesse mercado que pode movimentar nos próximos 13 anos, segundo avaliação da consultoria A.T. Kearney sobre o segmento de carros autônomos, cerca de US$ 282 bilhões. O Moia é o instrumento para a VW prospectar uma fatia desse montante.
A Mercedes-Benz já tem o Car2Go, a Ford reserva US$ 4,5 bilhões para desenvolver o seu projeto e a Chevrolet aposta no Maven, que já está em operação no mercado brasileiro. A Toyota escolheu o próprio Uber para investir. A Fiat tem o Enjoy na Europa e a BMW dos EUA usa o ReachNow. Em depoimento à Reuters, Mueller disse que “mesmo que nem todo mundo ainda deva ter o próprio carro no futuro, o Moia pode ajudar a tornar todos um cliente da nossa empresa, de um jeito ou de outro”. O Moia vai ajudar a VW na recuperação das receitas após o escândalo de emissão de gases nos EUA e na Europa.