Com ações assinadas pela Soko, o projeto tem como objetivo chamar a atenção para a representatividade da comunidade na política

A comunidade LGBTQIAP+ representa apenas 0,16% dos políticos do Brasil. Pensando nisso, a Soko lançou a sua primeira campanha da área de impacto, liderada por Gabriela Rodrigues, a #VoteLGBT.

O projeto tem como objetivo chamar a atenção para a representatividade da comunidade com uma série de ativações que vão de abaixo assinado, projeções pelo Brasil e um filme que conta com a presença de Giovanna Heliodoro, do perfil @transpreta, historiadora e comunicadora à frente da luta pela igualdade de gênero.

Intitulado como Palanques, o vídeo mostra como pessoas LGBT+ estão acostumadas a criar seus próprios palanques de luta no dia a dia e tem como foco provar que a comunidade vive a política e, por isso, precisa ser reconhecida pelos partidos para garantir um maior número na Câmara e Senado.

"Nestas eleições corremos um grande risco de ficarmos de fora nas urnas. A reforma eleitoral mais recente reduziu drasticamente a quantidade de vagas nas eleições. Quem vai ficar de fora? Quem decide isso são as lideranças dos partidos e precisamos pressioná-las. O eleitorado já mostrou que quer votar LGBT+, mas precisamos estar nas urnas para podermos ser eleito.”, afirmou Evorah Cardoso, integrante da #VoteLGBT.

Dia 15 de agosto é a data limite para que todos os partidos registrem candidaturas para as eleições de outubro. Atualmente, de cada 620 pessoas eleitas, apenas uma é LGBT+ e essa questão é agravada, também, pela falta de candidaturas.

Com a ação, a organização quer garantir que a população possa votar em nomes que representem suas pautas e levem novos pontos de vista sobre áreas como segurança, saúde e educação.

Além disso, a #VoteLGBT convida o público a pressionar os partidos políticos por meio de um abaixo assinado, que conta com uma carta aberta para os líderes responsáveis pela escolha das candidaturas.

A ação também conta com projeções por São Paulo, Recife, Belo Horizonte e Porto Alegre que trazem visibilidade para o projeto em cenas das cidades com QR Code que direcionado diretamente para o site da organização, onde também é possível verificar pré-candidaturas LGBT+.

"Hoje sabemos da importância da representatividade na política. Na Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo de 2017, 58% não achava importante votar em LGBT+. Em 2022, o cenário é outro: 88% preferem votar em candidaturas LGBT+. Mas ainda temos a missão de divulgar essas candidaturas. Só 45% da Parada deste ano afirmou já conhecer alguma pré-candidatura LGBT+”, completou Cardoso.