Marco Bezerra, vice-presidente de Criação da DM9Sul, foi o palestrante da quarta edição do Open ESPM, evento que tem como objetivo fomentar o debate de ideias, tendências e pesquisas entre o meio acadêmico e o mercado. A agência é empresa-madrinha do curso de Publicidade e Propaganda da instituição, que completa 15 anos este ano.
Bezerra falou sobre o atual espaço que a criatividade ocupa nas empresas e na publicidade e os provocou a pensarem de forma mais cosmopolita, sem muros, conviver com o diferente. “A criatividade começa a ganhar espaço novamente, e não só na publicidade, mas em todas as áreas. Temos relevância desde que a criação esteja orientada para o negócio, para a inovação”, disse.
“As marcas devem ser provocativas, corajosas e resilientes. E lembrarem-se de ser tolerantes com a falha. Não com o erro. Na falha, tu aprendes, tu inovas”. Ele destacou que muitos publicitários se perguntam qual o seu papel nesta nova comunicação e se existe relevância para o trabalho feito pelas agências. “A gente é relevante, sim. E A criatividade ainda influencia. No fim, o que se está fazendo é produzir cada vez mais conteúdo, integrados a outros profissionais, como jornalistas, por exemplo”.
O VP da DM9Sul disse ainda que a função do publicitário é provocar sentimentos. “Todo mundo quer sentir alguma coisa. Se as pessoas não sentem, elas não se importam. Pensamos sempre no que, no como e deixamos o porquê por último. Esse deve ser o nosso ponto de partida. O que funciona é o estímulo emocional. Quando foi a ultima vez que tu te perguntaste sobre o que tu queres sentir ao comunicar? Dentro do trabalho criativo, premiado em festivais, o melhor resultado é sempre o que tem apelo emocional. Não quer dizer que se é contra o argumento racional. O perigo é negligenciar a marcar”, disse.
“As pessoas estão desesperadas para sentir alguma coisa. Emocional é maior que racional. O mais importante é criar relação com a marca. Falar não é nada se você não fizer nada. É sobre quem se é, qual é a verdade, como se transmite isso, como fazer as pessoas sentirem isso”, afirmou Bezerra.
