O Walmart apresentou na manhã desta terça-feira (1º) uma novidade que une a evolução de sua ferramenta de e-commerce, lançada em outubro de 2008, com a ampliação de seus esforços ligados à sustentabilidade e ecologia, que inspirou a fundação do Instituto Walmart em 2005 e que este ano deve gerar investimentos de aproximadamente R$ 8,5 milhões.

Em parceria com a Solidarium, empresa social que tem como objetivo promover o acesso ao mercado para micro e pequenos produtores brasileiros, a rede coloca no ar o E-Solidário, espaço que comercializará produtos criados e produzidos por entidades formadas por profissionais de comunidades de baixa renda em todo o Brasil.

“Este é um exemplo concreto de como é possível juntar responsabilidade social com vantagem competitiva”, destaca vice-presidente administrativo do Walmart Brasil. O executivo apresentou diversas ações que a empresa realiza nesse sentido, como o desconto a quem não usa sacolas plásticas e a parceria com catadores, e ressalta que os objetivos com a estratégia é sempre “contribuir socialmente e ter lucro ao mesmo tempo”.

Para Flávio Dias, diretor do e-commerce do Walmart Brasil, a parceria é interessante por permitir que a empresa atinja novos clientes e mercados, de um perfil econômico distinto dos consumidores das lojas físicas, além de abranger todo o País e facilitar a logística para produtos tão particulares. “É difícil a distribuição e estoque de itens com produção limitada. Pelo e-commerce podemos atender a demanda no Brasil inteiro de forma mais eficiente”, explica.

Tiago Dalvi, diretor executivo da Solidarium, enfatiza que o conceito principal da ação, assim como de sua empresa, é o “comércio justo” – negócio no qual todas as partes saem ganhando. “Pretendemos gerar acesso à mercadoria de nossas entidades e, claro, gerar renda para todos os envolvidos. Oferecemos produtos de qualidade, funcionais e com design, com valor agregado. Não é nada nem perto de filantropia”, afirma.

O E-Solidário está inserido na loja virtual do Walmart, como uma seção específica, e pode ser acessado por links na home da empresa. Já estão disponíveis produtos de diferentes fins e preços, como um bloco de ramy e bambu, de R$ 9,90; e uma cesta grande em fibra de Taboa trançada, também produzida manualmente, por R$ 199,00.

No primeiro mês não haverá qualquer divulgação além do destaque no site e da mídia espontânea. A estratégia será traçada após cerca de um mês, dependendo dos resultados. “Vamos privilegiar o e-mail marketing, por exemplo. Mas qualquer divulgação só acontece após percebermos qual será a aceitação do produto, para não frustrarmos os produtores, que não tem capacidade industrial; e nem os consumidores, que poderão chegar aos montes e não encontrar produtos disponíveis”, analisa Fernandes.

por Karan Novas