A rede de escolas de inglês Wise-Up foi recomprada por R$ 398 milhões pelo seu fundador, Flávio Augusto da Silva, depois de ficar quase três anos nas mãos da Somos Educação (na época se chamava Abril Educação). No período da compra, em fevereiro de 2013, a aquisição foi questionada pelo mercado, por se tratar de um valor considerado muito alto na época. A rede vem apresentando problemas e teve, pelo menos, 40 unidades fechadas no ano passado, além da queda no número de alunos e os investimentos na atualização do material didático. Além disso, não apresentou crescimento no período desde a compra, apresentando uma receita de R$ 26,8 milhões (queda de 21% em relação ao mesmo período de 2014).
Antes do negócio ser anunciado, investidores e analistas se encontraram na última terça-feira (15), onde o diretor do grupo, Daniel Amaral, foi questionado por um dos analistas se havia intenção da empresa em se desfazer da Wise-Up. Ele, no entanto, disse que “considerava um desinvestimento nos próximos anos” e negou que houvesse uma transação em andamento. Após o evento, a companhia enviou comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) informando a venda da Central de Produções GWUP, controlada direta ou indiretamente por Flávio Augusto Silva. A recompra foi realizada porque a Wise-Up tem menos sinergia com outros negócios da Somos Educação, que inclui colégios, sistemas de ensino e editoras como Ática e Scipione.
Com informações de Valor