Entre mesas dos restaurantes na hora almoço, salas de reunião, elevadores, bares e mesmo carros em pleno trânsito, lá estão os celulares se sobressaindo ou deixando alguém falando sozinho. A mudança de comportamento é reflexo de um número superior a 56 milhões de celulares com 3G, em um universo de mais de 250 milhões de dispositivos, segundo os dados mais recentes da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).
Eles ganharam expressiva representatividade, criando novas formas de relacionamento com o mundo ou com o outro. E, por isso, o Yahoo! Brasil, em parceria com o Instituto Ipsos, resolveu a estudar o comportamento desse público. A pesquisa “Mobile Modes” contou 750 brasileiros, com idade entre 14 e 54 anos, e revela, por exemplo, que 62% dos entrevistados acessaram à internet pelo menos uma vez por semana por smartphones e 28%, por tablets. E ainda que quatro a cada cinco integrantes disseram utilizar os celulares com aplicativos de mensagens instantâneas, e 77% para verificar e enviar emails e 72% consultam redes sociais.
Segundo o estudo, apresenta por Beth Capdevilla, responsável pela área de pesquisa do Yahoo!, o conteúdo é a chave para o uso móvel. 50% dos participantes da análise afirmaram estar lendo menos revistas e jornais e obtendo informações por sites, 95% estão fazendo downloads e 80% lendo ou assistindo a conteúdo móvel. E o humor é o tipo de “produto” mais apreciado por esse público, inclusive, em relação aos aplicativos. “Os brasileiros são ávidos por apps, por simplificarem a experiência na internet”, disse Beth.
O levantamento, que divide em sete modos o uso no mobile (conexão, pesquisa, entretenimento, gestão, informação, compras e navegação), aponta o entretenimento como uma das áreas mais importantes, atrás apenas da conexão. Televisão, notícias locais e filmes são pontos comuns, na segmentação por sexo, ao passo que 36% do público feminino procura informações sobre beleza e moda; e 34% dos homens, tecnologia e eletrônicos.
Publicidade
Pelo pesquisado no “Mobile Modes”, a publicidade no mobile apresenta resultados mais efetivos do que no digital, e os entrevistados, 51% deles, consideram “ok” anúncios publicitários, se isso possibilitar a obtenção de conteúdo gratuitamente. Para 49%, o importante para atrair a atenção é que a comunicação seja relevante e útil, enquanto 38% consideram intrusivos. Os dados mostram ainda que o mobile registra um alto recall, 47%, dentre o qual 67% afirmaram terem clicado na peça.