O mercado brasileiro não teve representante no júri da competição Entertainment Lions For Sports, que teve a presidência do americano Steve Stoute, da agência Translation, mas garantiu um Leão de ouro com o case “E -Quality” para a Y&R e seu cliente Vivo.
Além desse prêmio, o país ganhou Leão de prata com o trabalho “Paixão Cega”, da NBS para o Clube de Regatas Flamengo. E um Leão de bronze com a ação “Goleiro distraído”, da Tech and Soul para o aplicativo Uber.
O ouro da Y&R mostra que o impacto de salários menores é uma desvantagem competitiva ao longo do tempo. No caso das mulheres, a diferença média com homens que exercem função similar é de 32%. Agência e anunciante reuniram gamers do Counter Strike para uma competição propositalmente desigual.
A cada rodada um dos times tinha recebia um volume menor de remuneração. No final, o time prejudicado contabilizou uma desvantagem de 62,5%. Sentiu o que as mulheres sentem quando recebem o seu holerite.
A ação envolveu reuniu gamers brasileiros, entre os quais XRM, Olga, Shay, Gabs, Guizão e Spacca, para impactar o público jovem, que pode mudar essa realidade.” A verba reduzida dificultou a compra dos principais itens do jogo, algo essencial para garantir uma disputa justa entre as equipes. Com menos dinheiro e, consequentemente menos equipamentos, o time afetado foi pouco a pouco perdendo sua capacidade de competir de forma justa”, disse a agência por meio de comunicado.
“Como as mulheres ganham em média 32% a menos que os homens no mercado profissional fizemos uma ação com os maiores jogadores de e-games no Brasil. Em uma partida eles tiveram que jogar com 32% a menos no e-game e viram na pele o que todas as mulheres passam no dia a dia”, disse Laura Esteves, diretora de criação da Y&R. “Uma alegria esta conquista. Um trabalho do Marcelo Felicio e do Marcos Lee, uma dupla incrível que acreditou, lutou e levantou a idea. É o primeiro Leão de ouro de uma marca tão icônica. E tudo numa categoria estreante que é Entertainment Lions. Caramba, é muita alegria junta”, acrescentou Rafael Pitanguy, vice-presidente de criação da agência.
O Grand Prix “Dream Crazy”, da Nike criado pela Wieden+Kennedy/USA, foi uma unanimidade. Estrelado por Colin Kaepernick, ex-zagueiro do San Francisco 49ers, que cantava o hino norte-americano antes do início das partidas de joelho, como protesto contra injustiça racial e brutalidade policial no país, a campanha gerou polêmica. A postura do jogador dividiu os Estados Unidos, mas a Nike não teve medo de trazê-lo para ser protagonista da sua campanha. A polêmica continuou após a veiculação. Muitos tênis da marca foram queimados nas ruas e suas vendas foram afetadas. A Nike se posicionou. A repercussão foi enorme!