A Zeppelin Filmes anunciou, nesta segunda-feira (9), a abertura de uma operação em Buenos Aires, na Argentina. O novo escritório, que não é uma filial, mas uma nova empresa, tem como foco a internacionalização da produtora, que agora consegue mais força competitiva entre os clientes internacionais.
“A ideia é ir buscar filmes internacionais. Abrimos uma nova porta com a chegada a Buenos Aires. Queremos trazer nosso talento para o mundo”, disse Marcello Lima, diretor de cena da produtora. “O Brasil perde em competitividade no mercado externo por causa da valorização do real frente ao dólar. A Argentina, na contramão, vai nos dar um diferencial de custo”, explicou Breno Castro, sócio e diretor executivo da agência.
A experiência na Argentina começou com a produção de um filme de Toyota Hilux para a Dentsu, assinado por Rodrigo Pasavento, e outro para GM Ágile para a McCann Erickson, feito por Carlos Manga Jr, o Manguinha.
“Após esses encontros, nós vimos a oportunidade de estabelecer um vínculo”, falou o argentino Raúl Outeda, diretor executivo associado da Zeppelin, contratado para ficar na operação de Buenos Aires. Para Outeda, ver Argentina e Brasil como algo separado é uma visão antiquada. “O mundo não pode ficar no limite de um país. Ele é globalizado”, contou.
Ricardo Baptista da Silva, sócio e diretor executivo da produtora, nega que o projeto possa servir de argumento para alguns profissionais de que na Argentina se produz melhor que no Brasil. “Nosso projeto não discute se aqui faz melhor ou lá faz melhor. É possível fazer um trabalho de qualidade aqui ou lá, mas é uma questão de comércio internacional”, disse.
por Cristiane Marsola