Neste 20 de Novembro, Dia da Consciência Negra, PROPMARK relembra campanhas marcantes que falam direta ou indiretamente sobre o tema racismo.
Vale lembrar que a escolha da data 20 de novembro, segundo o Ministério da Educação, foi inspirada na morte de Zumbi dos Palmares nesse dia, em 1695. Zumbi foi a liderança mais conhecida do chamado Quilombo dos Palmares, que se localizava na Serra da Barriga, em Alagoas. A data foi estabelecida pela Lei nº 12.519, de 10 de novembro de 2011.
A primeira campanha da lista é assinada pelo Governo do Paraná. Encomendado pelo Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial e pela Assessoria Especial de Juventude, a comunicação teve o objetivo de sensibilizar as pessoas para atitudes que estão intrínsecas nos comportamentos da maioria e que muitas vezes não são reconhecidas como racistas.
No vídeo, profissionais de RH são separados em dois grupos. O primeiro analisa imagens de pessoas de pele branca executando tarefas do dia a dia, como limpar a casa e cuidar de um jardim. O segundo grupo analisa as mesmas imagens, mas com pessoas de pele negra.
“Meu Melhor Defeito” escancara os problemas da indústria da publicidade, incluindo o racismo. A iniciativa é do coletivo Papel & Caneta e foi lançada em 2018. O filme é assinado pela dupla Brendo Garcia e Adriano Gonfiantini e foi desenvolvido com o apoio da Paranoid.
Esta campanha para ONG Criola combinou uso de dados, geolocalização e mídia externa para expor ataques racistas e mostrar que a agressão virtual traz consequências reais.
A campanha Jovem Negro Vivo chamou a atenção para o alto número de homicídios de jovens negros no Brasil. Com trilha de Criolo, o filme tem assinatura da extinta DM9Rio e produção da ParaRaio. A comunicação foi feita para a Anistia internacional em 2014.
Criada pela Ogilvy, esta campanha da Unicef relata os impactos do racismo na infância e foi premiada em Cannes com o Leão de Bronze.
“O risco de Thiago ser assassinado é quase 3 vezes maior que o de outras crianças.
Só que Thiago não sabe disso.
Nem desconfia que não vai chegar aos 18 anos.
Só sabe que as pessoas olham para ele de um jeito diferente.
Ou desviam o olhar quando ele passa.
Mas por que justo o Thiago?
Por que ele não tem os mesmos direitos que as outras crianças?
A resposta é simples.
Porque ele não tem a mesma cor de pele do menino desta foto”
Para marcar o mês da Consciência Negra, o Coletivo Papo Pretx, grupo idealizado e integrado por negros (as) da Leo Burnett Tailor Made, desenvolveu um filme a partir da poesia de um colaborador do time de mídia da agência: o estagiário Luiz Gutierre.
Um clássico protagonizado por um ativista da luta racial nos Estados Unidos: Colin Kaepernick. Campanha da Nike para Wieden+Kennedy de Portland que levantou discussões sobre posicionamentos e ainda dá o que falar.
Vítimas de preconceito têm mais chances de se tornarem depressivas. É o que mostra essa campanha criada pela australiana Marmalade para a ONG Beyondblue. No vídeo, o preconceito é personificado.
Com o filme abaixo, a P&G decidiu demonstrar os olhares racistas. A criação foi feita com o coletivo Saturday Morning.
Este jovem clássico da AKQA para o rapper Baco Exu do Blues mostra diversas nuances do racismo brasileiro.
A obra causa reflexão do começo ao fim. Desde o silêncio ensurdecedor que sucede a fala da criança negra que diz querer ser médico, até o desfecho do vídeo que mostra por que o homem negro estava correndo. O curta da AKQA, Coala Festival e Stink Films é uma obra digna de aplausos.