Acontece esta semana em Brasília a 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom). O fórum, convocado pelo Governo Federal, começou ontem e segue até sexta-feira (18). O tema central do evento é “Comunicação: meios para a construção de direitos e de cidadania era digital”, que será desenvolvido em três eixos-temáticos: “Produção de Conteúdo”, “Meios de Distribuição” e “Cidadania: direitos e deveres”. Mas o evento, que conta com a participação de mais de 1500 delegados, sendo 40% da sociedade civil, 40% de empresas e 20% do poder público, está sendo questionado pela maior parte das entidades representativas do mercado de comunicação brasileiro.
No primeiro semestre deste ano, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), a Associação Brasileira de Internet (ABI), a Associação Brasileira de TV por Assinatura (Abta), a Associação dos Jornais e Revistas do Interior do Brasil, a Associação Nacional dos Editores de Revistas (Aner) e a Associação Nacional de Jornais (ANJ) se desligaram do evento. A queixa das entidades é de que há intenção de que a 1ª Confecon estabeleça um controle social da mídia, criando formas de censurar os órgãos de imprensa, com o cerceamento da liberdade de expressão e do direito à informação e a livre iniciativa.