1. Em homenagem ao Dia da Criança, que já virou semana (esta semana), o propmark convidou sete agências de propaganda para expressarem em anúncios de meia página suas opiniões sobre a sustentabilidade da geração atual dos baixinhos no Brasil.
O resultado o leitor perceberá lendo esses anúncios, que exprimem o sentimento dos profissionais da comunicação do marketing em relação ao público infantil, quase sempre desconsiderado (esse sentimento) pelos ativistas do combate à publicidade destinada ao target.
Rigorosamente já regulamentada pela legislação e acordos extraoficiais, mesmo assim a mensagem comercial que tem como alvo o público infantil sofre toda sorte de patrulhamento pelos adversários da propaganda em geral.
Com nenhum produto ou serviço a ser anunciado nessa série, o propmark procura mostrar que quem cria propaganda respeita a criança, indo além em suas ideias sobre o target, como, aliás, não poderia deixar de ser.
2. Contra os pessimistas do mercado, que veem na transformação dos meios uma séria ameaça à publicidade, nada como revelar dados de crescimento mundial da atividade previstos para este ano ainda.
A boa nova coube à ZenithOptimedia e o seu relatório Advertising Expenditure Forecasts, acusando um total de US$ 503 bilhões de investimentos no setor em 2013, representando um aumento de 3,5% em relação a 2012 (com base em moeda forte).
Deve ser destacado o fato (da maior importância) de que essa taxa de 3,5% é a mesma da apurada em junho deste ano, sendo esta a primeira vez desde junho de 2012 que a previsão não foi revista para baixo.
É evidente que esses dados têm como base o próprio crescimento da economia mundial, cujos números mais recentes permitem prever que da estabilidade já passamos para a retomada do desenvolvimento.
O estudo da ZenithOptimedia vai além, prevendo uma taxa de aumento nos investimentos publicitários da ordem de 5,1% em 2014 e de 5,9% em 2015.
Alvíssaras!
3. O prefeito Haddad encerra mal o primeiro ano da sua gestão na Prefeitura de São Paulo, anunciando aos quatro ventos que promoverá um brutal aumento do IPTU de grande parte dos imóveis de valor médio para cima, existentes na cidade, sob a alegação de que estão sendo valorizados em decorrência de múltiplos fatores que contribuem, em uma metrópole como a paulistana, para que isso ocorra.
Esqueceu-se o alcaide de que essa valorização é simplesmente nominal, uma vez que os proprietários desses imóveis não sairão correndo a partir de agora para vendê-los e com isso auferir para os seus bolsos o lucro anunciado pelo prefeito (além do que, caso vendam, também terão aumento de outro imposto – o ITBI –, que é de 2% sobre o maior valor entre o valor da venda e o valor venal).
Porém, o resultado do aumento do IPTU, que atingirá até 45% em certas regiões da cidade, prejudicará diretamente a economia doméstica de cada munícipe, que em consequência dos seus imóveis valorizados, segundo a teoria do novato alcaide, serão obrigados a desembolsar logo mais um montante maior para a quitação desse imposto, sem um retorno igualmente imediato resultante da propalada valorização.
Trata-se de mais um absurdo a ser cometido contra a enorme fatia da população paulistana que vem sendo punida pela nova administração municipal, simplesmente porque em sua grande maioria ralou e foi buscar condições melhores com grandes sacrifícios.
Com a ideia fixa e a certeza de que os menos favorecidos são maioria, e portanto possibilitam mais votos, estimula-se a demagógica luta de classes, sendo seus autores purificados graças a um colossal engodo que parece não ter mais fim no Brasil de hoje.
Os cidadãos que vivem acima da linha da pobreza em nosso país são considerados de forma desigual pelos seus governantes, que lhes punem por progredirem.
Já vimos esse filme em diversos outros países do mundo, com um fim invariavelmente lamentável: os pobres pouco ou nada melhoram e os cidadãos em melhores condições pioram acentuadamente. Conclusão: não podendo nivelar todos por cima, acabamos todos nivelados por baixo.
4. O Departamento de Relações Públicas, Propaganda e Turismo da ECA/USP acaba de instituir o novo curso de pós-graduação em Responsabilidade Social em Propaganda e Marketing.
O objetivo primeiro do novo curso reside no aprofundamento de temas de interesse de operadores e gestores de propaganda e marketing comprometidos com o desenvolvimento sustentável de campanhas que tenham o ser humano como centro, a ética como preocupação fundamental e a cidadania como garantia de uma comunicação pautada pelo respeito à verdade.
A especialização é ideal para profissionais que desejam expandir conhecimentos, aprimorando qualificações em campos ligados ao mercado da comunicação. É especialmente destinada à graduação em cursos superiores, principalmente em áreas ligadas à Comunicação Social, Artes, Administração, Letras, Ciências Sociais, Filosofia e Direito. Destina-se também a cineastas, diretores de arte, redatores, fotógrafos, jornalistas, designers, professores e demais profissionais com interesse nesse ramo de trabalho.
Este editorial foi publicado na edição impressa de Nº 2469 do jornal propmark, com data de capa desta segunda-feira, 7 de outubro de 2013