Embora com reduções nas suas aplicações pelas empresas anunciantes, a propaganda prossegue presente nos meios, demonstrando que os anunciantes podem reduzir todos os seus itens de despesas e investimentos nesta quadra em que vivemos, temerosos pela pandemia que assola praticamente todo o planeta.

Sabem, porém, que se deixarem a sua comunicação com o público reduzida sofrerão ainda mais as consequências da pandemia sob o aspecto econômico.

Por força da nossa atividade empresarial e profissional, temos observado inclusive novos anunciantes e novas marcas comparecerem nos meios, em uma espécie – vamos nos permitir exagerar um pouco – de avalanche. Diariamente, consultando jornais, revistas, tevê, as redes sociais e outros meios de comunicação, temos visto a presença da propaganda – até uma nova propaganda –, que nos obriga a concluir que as empresas, de uma forma geral, passaram a ver nesse valioso ferramental do marketing a grande saída para prosseguirem na sua jornada.

Entendam os leitores que não estamos aqui defendendo que haja o pior, para a publicidade ser redescoberta. Em nosso país, conta a história recente, ela faz parte importante das decisões empresariais, que influenciam até mesmo os nossos governos a ver na propaganda o seu caráter de indispensável e de grande ajuda para todos os projetos ou mesmo obras colossais, em planejamento ou já em execução.

Podemos mesmo afirmar que os grandes empreendimentos particulares ou oficiais já não mais vivem em nosso país sem a utilização da boa comunicação publicitária.

Bom que assim seja, pois quem mais lucra com isso é o país e, lucrando o país, lucram todos os que dele fazem parte, que somos nós, os mais de 200 milhões de habitantes, que hoje, em sua grande maioria, desfrutam de condições de vida melhores do que há duas décadas passadas.

Na atual pandemia – uma desgraça inesperada que se abateu sobre o mundo todo – estamos vendo o valor dos recursos que a propaganda leva à população através da verdade e do esclarecimento.


Nossa matéria de capa, nesta edição, não poderia deixar de abordar um fato inédito em nossa história: a suspensão do Carnaval, a maior festa popular brasileira. Permitimo-nos reproduzir aqui um curto texto da reportagem elaborada pelas nossas jornalistas Janaina Langsdorff e Jéssica Oliveira, que gerou, como já dissemos, matéria de capa:

“Restrições para conter a Covid-19 interrompem desfiles pela primeira vez, desde 1932. A folia popular já aconteceu mesmo com outra pandemia, guerras e crises. O ponto facultativo do feriado que sela a maior festa da cultura popular brasileira foi cancelado em 21 estados, para conter a transmissão da doença que já matou mais de 236 mil pessoas desde o início da pandemia, segundo o Ministério da Saúde. Mesmo assim, as marcas tentam deixar o seu grito: ‘Neste momento, o mais importante é a saúde dos brasileiros, é sairmos desta pandemia o quanto antes. E, para isso, o Carnaval não pode acontecer. Todas as nossas ações foram repensadas para contribuir com a saúde de todos’, declara Alexandre Costa, diretor de marketing da Ambev, que doou cinco mil caixas térmicas, com capacidade para armazenar três milhões de doses da vacina contra o novo coronavírus”.

Logicamente, teremos várias desobediências espalhadas pelo Brasil com relação à suspensão em nosso país este ano da maior festa popular do planeta. Torcemos para que isso seja uma minoria, pois todos sabemos que uma das formas de transmissão do vírus resulta do aglomerado de pessoas, o que é típico no Carnaval.

Porém, temos de entender que não estamos em paz, estamos em guerra contra um inimigo mortal e até aqui desconhecido em sua imensa capacidade de nos vencer.

Nossa salvação reside na vacina, que não atingirá todos os brasileiros (infelizmente) até a Quarta-feira de Cinzas. Podemos concluir dessa forma que, além da vacina, nossa proteção ainda reside nas primeiras lições que a medicina nos legou no início da pandemia: evitar aglomerações, proteger parte do rosto com a máscara salvadora e, se possível, ficando em casa, aumentar o índice de leitura de livros, jornais, revistas, além da audiência dos demais meios de comunicação em geral.


A propósito, torna-se imperdível a matéria sobre pesquisa do Itaú Unibanco, que indica hábitos e aponta recuperação da economia. Estudo do banco analisa o impacto da pandemia da Covid-19 no comportamento de consumo das pessoas e os reflexos nas vendas do varejo brasileiro.


Imperdível também nesta edição carnavalesca comportada do PROPMARK matéria sobre o crescimento do mercado de vinhos em latas. Marcas apostam na expansão do segmento no país, oferecendo uma nova experiência de consumo e focando a comunicação no público jovem, sempre mais aberto às novidades de consumo.


Outra boa notícia, fugindo do tema pandemia, é sobre a nova rede social da moda: Clubhouse, aplicativo de bate-papo em áudio que reúne vários convidados em uma mesma “sala”. O PROPMARK ouviu publicitários e especialistas, para saber o potencial da rede para o marketing e a propaganda. Não deixe de ler.


Este jornal especializado, que completa 56 anos de circulação ininterrupta em maio próximo, tem a certeza de que, apesar das perdas, sairemos melhores da pandemia, quando esta cessar, redescobrindo nossa população que, apesar de um começo tumultuado entre nós, ela foi cedendo à maioria da população brasileira, que acreditou estar diante de um mal terrível, que somente seria debelado com a compreensão e colaboração do maior número de brasileiros possível.

Cabe aqui um voto de louvor a algumas autoridades públicas, que não abandonaram a trincheira dessa guerra terrível que ainda enfrentamos, embora hoje em escala e com resultados ruins um pouco menores do que no passado recente, quando tudo começou.

Nota 10 em especial ao governador de São Paulo, João Doria, cuja preocupação em relação à pandemia muito ajudou e tem ajudado a debelá-la, fazendo questão de, sempre que possível, usar os meios de comunicação para ampliar o alcance das medidas tomadas pelo seu governo contra a pandemia. Somos testemunhas oculares dessa sua luta diária, que muito tem ajudado a população, principalmente no quesito vacina, causa que fez questão de abraçar desde os primeiros dias em que o coronavírus começou a circular entre nós.