Confúcio disse: “se queres prever o futuro, estuda o passado”. Tradicionalmente o mês mais curto do ano, fevereiro reuniu acontecimentos cruciais e proféticos cujos desdobramentos tomaram forma invariavelmente no segundo semestre.

Um olhar para trás chega mesmo a ser surpreendente. No primeiro dia do mês, ganha destaque a notícia de Eduardo Cunha sendo eleito presidente da Câmara.

A revista The Economist anuncia, em uma de suas capas (detalhe na foto ao lado), o Brasil rumo a um verdadeiro pântano, lamaçal, atoleiro (possíveis traduções para “quagmire”, o termo usado na manchete) e oficializa mundialmente o caos da economia brasileira e problemas bem maiores que o governo ou os investidores estavam dispostos a admitir e reconhecer.

No mercado publicitário, a crise está no ar e algumas baixas importantes ocorrem no Rio de Janeiro: o grupo ABC une as operações da DM9 e da Africa, a NBS sofre cortes importantes e a F/Nazca fecha sua operação carioca.

Saída
Em 18 de fevereiro estoura novo escândalo de lavagem de dinheiro e sonegação no HSBC, então o sétimo maior banco do país, com cinco milhões de clientes, 853 agências e 21,4 mil funcionários, após uma série de escândalos financeiros em sua filial suíça, em que a instituição é suspeita de ter ajudado clientes, inclusive brasileiros, a sonegar impostos. O Bradesco – eleito também em fevereiro o 15º mais valioso do mundo pela Brand Finance – comprou os ativos do HSBC meses depois.

Cresce
O Facebook anunciou, também em fevereiro, que atingiu mais de 2 milhões de anunciantes ativos, um crescimento de 33% em relação a julho de 2014, e lançou o aplicativo Manager, por meio do qual pode-se acompanhar o desempenho das campanhas publicitárias, criar e editar anúncios, entre outras facilidades. No ranking da Brand Finance, o Facebook saltou do 122º lugar para o 30º, com a marca avaliada em US$ 24,180 bilhões.

Maçã
A consultoria Brand Finance divulga seu ranking anual das 50 marcas mais valiosas do mundo. A Apple mantém a primeira posição, com valor de US$ 128,303 bilhões e crescimento de 23% nos últimos 12 meses. Em segundo lugar, vem a Samsung, avaliada em US$ 81,716. A Lego desbanca a Ferrari, tornando-se a marca mais poderosa do mundo em 2015. Por sinal, o valor de mercado da Apple ultrapassou os US$ 710 bi, passando a recordista Exxon Mobil.

Azul ou preto?
Quem não lembra da polêmica do vestido azul e preto, ou branco e dourado? Pois o episódio aqueceu as vendas da marca inglesa Roman Originals, responsável pelo modelo. As vendas aumentaram 347% depois do debate que movimentou milhões de internautas mundo afora. O vestido custava cerca de 50 libras (R$ 220). A polêmica começou quando uma foto postada no Tumblr gerou dúvidas em relação à sua cor. O Buzzfeed detectou a discussão e promoveu o movimento.