Os produtores-executivos Rosana Souza e Alan Terpins decidiram que, com quase 40 anos, era hora de A Voz do Brasil passar por mudanças. “O mercado tem mania de achar que as coisas mais antigas são ultrapassadas. A gente quis buscar o que há para oferecer lá fora”, fala Rosana.
Foram criadas três novas áreas para delimitar melhor as diferentes etapas de trabalho da produtora de som e para que um maior cuidado com o detalhe seja colocado em prática em tudo o que é feito por lá. “A ideia é que o músico seja o músico, o finalizador só finalize, o locutor seja dirigido por nós… A Voz passou a administrar todos eles. Não queremos que o músico seja o produtor, por exemplo”, explica a produtora-executiva.
A área de inovação e novos negócios está sob o comando de Alessandra Terpins, irmã de Alan. “A gente está vindo para trazer essa inovação para A Voz. A história é inverter o pensamento de que eles não se inovaram. Nas poucas reuniões das quais participamos, a produtora já está sendo vista de outra maneira.
Cada núcleo está muito profissionalizado. Estamos conseguindo demonstrar que cada profissional dá o melhor de si no que faz de melhor”, afirma Alessandra.
A função da profissional é usar seus conhecimentos em relacionamento, arte e tendência para trazer novos projetos e acompanhar de perto a produção e a apresentação dos trabalhos. Alessandra é formada em artes, cultura e novas mídias pela The New School, de Nova York, e já trabalhou como produtora e atendimento em instituições e galerias de arte contemporânea pelo mundo.
Outra área criada foi a de sound research, que é coordenada por Victoria Gaibar. Ela é responsável pela busca de sonoridades e por supervisionar os projetos dentro da produtora. Formada em RTV, a profissional tem experiência internacional em fotografia e audiovisual.
A terceira nova área, intitulada conexão, está nas mãos de Renata Costa, que terá a função de fazer a ponte entre clientes, agências, produtores, maestros e músicos. Renata tem formação em RTV e publicidade. Já trabalhou nas agências F.biz e Lua Propaganda, na produtora Raw Áudio, e com produção de cenários e conceitos para desfiles de moda.
Áreas a serem comandadas por mulheres também são parte da atualização do negócio, já que a presença feminina tem crescido. “O mundo da música parece ser masculino no Brasil. O que as meninas estão trazendo para cá é maturidade. Lá fora a mulher já é muito valorizada na música”, conta Rosana.