Esta semana o prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia (DEM), esteve em São Paulo para “trocar idéias” com o prefeito Gilberto Kassab (DEM) sobre o projeto Cidade Limpa, em execução na capital paulista desde 1.º de janeiro. O projeto que pretende tirar a comunicação das ruas do Rio, de autoria do vereador Paulo Cerri (DEM), prevê a proibição de publicidade em vias públicas, parques, praças, pontes, ônibus e aviões publicitários. O assunto, assim como foi em São Paulo, virou polêmica, e os diversos órgãos do setor já se manifestaram contra a possível medida. Um deles foi a Abap-Rio (Associação Brasileira de Agências de Publicidade do Rio de Janeiro). Acompanhe abaixo comunicado feito pelo presidente da associação, Clóvis Speroni:
“A Associação Brasileira de Agências de Publicidade – Capítulo Rio – não apóia o projeto apresentado pelo vereador Paulo Cerri, ao moldes do Cidade Limpa, em São Paulo. No Rio de Janeiro existe desde 2001 a Lei Orgânica – fiscalizada pela própria Prefeitura do Rio de Janeiro – que protege o meio ambiente e a paisagem.
A ABAP-Rio é favorável, sim, em acabar com as irregularidades, como a exibição de painéis em locais proibidos, explorados por empresas informais e em discutir a Lei Orgânica para aperfeiçoá-la. Antes, no entanto, é preciso sentar e discutir a situação com todos os envolvidos.
Atualmente existem 126 empresas cadastradas no Rio de Janeiro que criaram 1.250 empregos diretos. Além disso, temos fornecedores como gráficas e as próprias agências que serão prejudicadas com a aprovação dessa lei. O valor investido no Rio em mídia exterior chega a R$ 165 milhões, o que representa 13% do bolo publicitário carioca”.
Claudia Pereira e Paulo Macedo
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