A Abemd (Associação Brasileira de Marketing Direto) enviou comunicado público, assinado por Efraim Kapulski – presidente da associação, para pedir uma rápida solução para a greve dos Correios, deflagrada nesta terça-feira (15) e que já causa prejuízos à população e às empresas, pricipalmente as de marketing direto.

Assim como fez durante a greve no ano passado, a Abemd enviou apelo às autoridades nacionais solicitando a pronta intervenção para que as negociações entre grevistas e Correios não prejudiquem a entrega de correspondências e encomendas.

Confira o conteúdo do texto na íntegra:

Em primeiro lugar, gostaríamos de manifestar que não somos contra reivindicações e o direito de greve. Porém, com relação à paralisação iniciada nos Correios, nesta terça-feira, dia 15, entendemos que um movimento como esse deve evitar, de todas as maneiras, que a população seja prejudicada, com o bom senso imperando nas negociações.

Na greve do ano passado, ocorrida no mês de julho, demoramos um pouco a nos manifestar acreditando que haveria rápido entendimento entre as partes. Infelizmente, verificamos que naquela ocasião a greve passou os limites do razoável e perdurou por 20 dias, causando enormes prejuízos à sociedade, a única real perdedora nesse embate.

Em nome de todos os nossos associados, entre os quais figuram muitas das maiores empresas do país e grandes usuários dos serviços dos Correios, a Associação Brasileira de Marketing Direto (ABEMD) vem por meio desta solicitar a pronta intervenção de vossas senhorias no sentido de que seja encontrado um caminho nas negociações que não prejudique a entrega de correspondências e encomendas.

A ABEMD acredita que as discussões podem e devem ser profundas, se necessário, sem prejuízo para o serviço. E tem esperança de que a participação de vossas senhorias possa realmente evitar prejuízos à sociedade.

Como afirmamos em carta do ano passado: “Esse movimento é ruim para os Correios, que começam a ver sua imagem de credibilidade arranhada junto à população e isso, em conseqüência, é um verdadeiro estímulo para que a sociedade busque substitutos para esse serviço, o que prejudica também os grevistas, porque naturalmente, com um volume menor de trabalho, os Correios tenderão a reduzir seu contingente”.

Aos funcionários, rogamos que encontrem solução para que suas negociações não impeçam que sejam entregues as correspondências e encomendas.

Aos Correios, caso seus funcionários não se preocupem com a população brasileira, pedimos que, se necessário, contratem de imediato um contingente que faça com que a greve tenha impacto zero nas entregas.

E ao Governo, uma súplica: que exerça sem temor sua autoridade rapidamente, preservando sua missão primordial de garantir o funcionamento do serviço essencial que os Correios prestam tanto para a população em geral quanto para as empresas.