Representantes da Abert (Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão), ANJ (Associação Nacional de Jornais) e da Aner (Associação Nacional dos Editores de Revistas), mantiveram reunião ontem (1) na sede do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) no Rio de Janeiro para “inteirarem-se do andamento e desenvolvimento do prpojeto apresentado ao BNDES no final de outubro do ano passado e que, em termos gerais, propôs a abertura de linhas de crédito para o setor, a exemplo das já existentes para os demais segmentos da economia. A visita pretendeu também reafirmar ao banco a importância desse projeto para a saúde financeira e o desenvolvimento do setor, projeto esse que conta com o apoio de empresas de grande, médio e pequeno portes, de norte a sul do país, responsáveis por mais de 280 mil empregos diretos e indiretos, pela divulgação da informação e de entretenimento, e pela difusão da cultura. O projeto, em fase final de elaboração, prevê programas de finaciamento para investimentos, para aquisição de papel imprensa e para o fortalecimento do setor”. As TV Record, Rede TV! e SBT discordam da solicitação. As três redes criaram a Abratel (Associação Brasileira de Radiodifusão e Telecomunicações), entidade presidida por Roberto Wagner Monteiro, por discordarem do posicionamento da Abert. Há duas semanas houve audiência pública na Comissão de Educação do Senado Federal com a presença de representantes das principais empresas de mídia. O vice-presidente do BNDES, na oportunidade, declarou que o banco finaliza o projeto e que a linha de crédito será de R$ 4 bilhões. A Record exibiu ontem no programa “Repórter Record” críticas explícitas à Globo. Para a emissora, a Globo será a principal benecifiária do crédito do BNDES. O estatuto do banco até 1997 não permitia crédito para empresas de mídia. Desde então, a regra caiu.
Paulo Macedo
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