A Abrabe (Associação Brasileira de Bebidas) e o Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) realizaram na última sexta-feira (23) o evento “Publicidade & Autorregulação de Bebidas Alcoólicas nas Novas Mídias”.

Participaram Felipe Ayres, presidente do conselho diretor da Abrabe, Cristiane Foja, presidente executiva da associação, e Edney Narchi, vice-presidente do Conar.

O encontro que colocou em pauta a importância de amplificar a cultura do consumo moderado, os novos pontos de contato com o consumidor diante das mídias digitais, o boom das lives e as iniciativas protagonizadas por influenciadores no último ano, além do código de padrões e prioridades de consumo responsável, que tem se renovando com o tempo.

Ayres reforçou a atuação do Conar, principalmente no contexto atual. “O Conar é de grande relevância para o nosso mercado, e se faz ainda mais no cenário de pandemia, que gerou uma forte evolução das comunicações digitais. Conseguimos observar, com mais evidência, o quão importante é para o nosso setor atender e seguir os preceitos e regulamentação do conselho, para assim construir, junto com nossas associadas, uma publicidade responsável para os consumidores”, afirmou.

Abrabe e Conar se reúnem para conter abusos na publicidade (Unsplash)

Segundo Narchi, o Conar se deparou com a necessidade de modernizar sua atividade de autorregulamentação, a partir de março do ano passado. Esse momento foi marcado pela migração da publicidade em veículos tradicionais de comunicação para os meios digitais, exigindo do órgão novas diretrizes. “O Conar é uma instituição mantida pelos anunciantes, agências de publicidade e veículos de comunicação. É esse tripé da propaganda que sustenta toda a nossa existência. Quando esse movimento de migração dos anúncios aconteceu, nossa capacidade de fiscalização foi coloca à prova, pois sempre contamos com colaboração dos veículos tradicionais de comunicação para colocar em prática as decisões tomadas pelo nosso conselho de ética”, disse.

O executivo comentou ainda que o caso das lives é um exemplo, pois passaram a ser exibidas em canais não administrados por veículos de comunicação. “Além disso, as grandes plataformas digitais ainda não assumiram o compromisso de fazer parte da nossa atividade que, ao contrário do que muitos pensam, não é feita para censurar marcas e influenciadores, e sim para tornar a concorrência do mercado justa respeitando o consumidor”, falou.

Entre as medidas adotadas, o Conar lançou no primeiro trimestre de 2021 o Guia de Publicidade por Influenciadores, com orientações para a aplicação das regras do Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária ao conteúdo comercial em redes sociais, em especial aquele gerado por influenciadores digitais.