A Editora Abril prepara lançamento da revista Máxima para o próximo mês de junho.
A marca foi lançada originalmente em 1989, mas foi descontinuada cinco anos depois. O foco mercadológico contemplava as classes A/B. Agora vai prospectar leitoras dos nichos B/C. Campanha da 141 Soho Square, para leitores e trade, tem início em um mês. O investimento no projeto é de R$ 10 milhões. “Não é um relançamento” enfatiza o executivo Alberto Simões, diretor de publicidade dos núcleos Jovem, Semanais, Comportamento, Bem-estar e Moda da Editora Abril em São Paulo. Veja os principais trechos da sua entrevista ao propmark:

– Quando a revista Máxima começa a circular?
No mês de junho.

– É um relançamento?
Na verdade, não é um relançamento. Estamos lançando uma nova revista, para um nicho novo no Brasil, formado pelas mulheres das classes B e C que estão ascendendo tanto em termos de renda quanto de escolaridade. O nome Máxima já batizou outra revista da Abril – mas os projetos são totalmente diferentes. A Máxima antiga era voltada para mulheres A/B. A Máxima atual será a primeira revista mensal destinada à mulher que está ascendendo da classe C para a classe B. O crescimento da classe C é o grande fenômeno da história recente do País. Só nos últimos seis anos, mais de 30 milhões de brasileiros subiram na pirâmide social – indo para a classe C ou para a classe B. E a previsão é que outros 36 milhões façam o mesmo caminho até 2014. Desse grupo, miramos especialmente a mulher que está crescendo por meio do curso superior, seja ele um curso tecnológico ou uma faculdade. Esse público vem crescendo muito no Brasil nos últimos anos. Para ter uma idéia, apenas do ano 2000 para cá, mais de seis milhões de mulheres se formaram nas novas faculdades particulares. Elas não se identificam mais com as revistas semanais populares, mas também não se encontram nas revistas voltadas para as mulheres A/B. Em outras palavras, Máxima vai se situar entre a mensal Claudia e a semanal Ana Maria. É uma mulher que passou a viajar, está comprando seu primeiro carro e passou a consumir roupas e produtos de beleza que suas mães não tinham condições de comprar. Essa é também uma mulher que interessa muito ao mercado anunciante.

– E a comunicação, quando terá início?
Para o trade as primeiras ações estão agendadas para abril. Teremos também ações diferenciadas , de mostrar o novo titulo para esse publico que a gente quer falar.

– Qual é o investimento no projeto?
R$ 10 milhões.

– Quantos exemplares estão programados?
A tiragem mensal será de 180 mil exemplares. A previsão de vendas para o primeiro ano é de 120 mil unidades/mês. Em três anos, porém, acreditamos que esse número será dobrado.

– Qual o volume de páginas editoriais e de publicidade?
Vamos ter 80 páginas editoriais e 20 de publicidade para os primeiros números. Falando em editorial, esse projeto é tão importante pra nós que trouxemos a Lúcia Barros, ex redatora-chefe de Claudia para pilotá-lo.

– Quem assina design da revista?
O projeto gráfico é assinado pelos diretores de arte Gustavo Curcio e Rubens Tonelli.

– E o ambiente concorrencial?
O papel da Abril é descobrir novos nichos de mercado para sermos os primeiros, dessa vez não vai ser diferente. Chegaremos a esse espaço com dois títulos: Um segmentado com Minha Casa, da família Casa Claudia, com tom mais educacional, e Máxima, para abordagem geral. Provavelmente outras virão.

– Quais são as revistas sob sua área?
A Unidade 1 tem cinco núcleos: Moda , Comportamento, Bem-Estar, Jovem e Semanais. Agora chega Máxima. Estamos pensando que nome daremos ao núcleo. A revistas são Almanaque Abril, Ana Maria, Boa Forma,  Bons Fluidos, Capricho, Claudia, Claudia Bebê, Comida & Bebida, Elle, Estilo, Gloss, História, Loveteen,  Manequim, Manequim Noiva,  Mundo Estranho,Nova,  Saúde, Sou+Eu, Superinteressante, Tititi,  Vida Simples, Viva Mais e  Women’s Health.

– Qual a circulação geral do núcleo?
São sete milhões de exemplares por mês. No Comportamento (Claudia, Nova, Love Teen e Capricho com 1,1 milhão. Na moda (Elle, Estilo, Manqeuim e Noiva) mais meio milhão. Na área Jovem (História, Superinteressante, Mundo Estranho e Guia do Estudante com cerca de 700 mil unidades). As revistas Bem-estar, Boa Forma, Women’s Health, Vida Simples, Bons Fluídos e Saúde respomdem por mais 700 mil exemplares.

por Paulo Macedo