A alemã Adidas acaba de emitir um comunicado informando a sua intenção de vender a marca de roupa esportiva norte-americana Reebok, adquirida em 2006. A decisão é resultado do plano de crescimento traçado para a companhia nos próximos cinco anos, que pretende concentrar esforços em manter a sua presença entre as líderes do mercado de artigos esportivos.
“As oportunidades de crescimento de longo prazo em nossa indústria são altamente atraentes, particularmente para marcas esportivas icônicas. Após uma consideração cautelosa, concluímos que a Reebok e a Adidas serão capazes de trabalhar melhor o seu potencial de expansão de forma independente. Atuaremos diligentemente nos próximos meses para assegurar um futuro de sucesso para a marca Reebok e a equipe por trás dela”, diz Kasper Rorsted, CEO da Adidas, em comunicado.
A venda da Reebok deve ser oficializada no próximo mês e ainda não há informações sobre potenciais interessados. Diminuição de custos, otimização da rede de lojas e parcerias com celebridades como Ariana Grande e Cardi B ajudaram, segundo analistas, a ancorar a expansão das vendas da marca na América do Norte nos últimos anos.
Mas a pandemia da Covid-19 levou ao fechamento de lojas globais. Nem a operação on-line foi capaz de manter a marca competitiva frente a rivais como Lululemon e Athleta, da Gap. A Rebook também perdeu os seus acordos com a NBA e NFL, reduzindo ainda mais a sua participação no mercado de roupas esportivas.
Analistas especulam que os potenciais compradores podem incluir a VF Corp (VFC), a empresa-mãe da Vans, e The North Face, que adquiriu a marca de streetwear Supreme, além de Authentic Brands Group e China’s Anta Sports. Outro candidato cogitado pelo mercado pode ser o astro do basquete Shaquille O’Neal, que em 2019 teria comentado sobre a intenção de ser coproprietário da Reebok. Os diretos dos empreendimentos comerciais de O’Neal são da ABG.
Uma das mais recentes campanhas da Reebok trabalha o slogan “Write your legacy” para divulgar a linha “Classic Leather Legacy”.