Durante coquetel realizado na noite de ontem (16), em São Paulo, para os principais diretores comerciais de veículos de comunicação, o empresário Nizan Guanaes, sócio da holding Ypy e presidente da Africa, disse que a agência é estimulada pela “ousadia dos projetos de mídia”. Ele assegurou que o crescimento de 170% anotado em 2004 é fruto das conquistas das contas da Gradiente, Nivea, Brahma, Companhia Vale do Rio Doce e Pão de Açúcar, mas que “a parceria com os veículos foi fundamental para cumprir as metas de faturamento planejadas”. Guanaes destacou: “quero ousadia, muita ousadia. Podem me enviar os projetos que eu vou pessoalmente vendê-los aos nossos clientes. Amelhor arma para combater os bureaus de mídia é sermos criativos”, afirmou o presidente da Africa. “Em dois anos chegamos ao 10º do ranking do Ibope Monitor. Um retrospecto super interessante”, acrescentou Guanaes. No próximo mês de dezembro, a agência lança a revista Africa, que trará um balanço dos seus primeiros dois anos de mercado. O título será lançado em dezembro na Revistaria D’Amauri, terá circulação anual e será vendida em bancas por R$ 17,00. O diretor de criação Sérgio Gordilho está à frente do projeto. Guanaes também anunciou que a Africa vai inovar na área de mídia. A agência está identificando um profissional de criação para trabalhar como diretor de mídia ligado à estrutura do executivo Luis Fernando Vieira, sócio e diretor geral de mídia da Africa. “Vamos ter um redator qualificado para pensar de forma criativa a mídia, não só para investigar formatos, mas, principalmente, conteúdo. Por exemplo, o Brasil recebe uma comitiva do governo chinês, como utilizar esse fato de forma criativa para os nossos clientes?”, observou Gordilho, que também é sócio da Africa. A contratação do profissional de criação para a mídia da Africa, porém, não vai inviabilizar a chegada de um substituto para Luiz Fábio Freitas, que deixou a agência para assumir a direção de mídia da Y&R. “Estamos à procura desse executivo, mas o nome ainda não está definido”, acrescentou Gordilho. Na explanação entusiasmada de Guanaes, ele anunciou a adoção do slogan “Nosso negócio é conteúdo”. Uma das intenções da Africa é produzir conteúdo para veículos de comunicação, seguindo exemplo das agências nas décadas de 30, 40 e 50. Segundo levatamento feito pela Africa, o faturamento de algumas agências nesse período era de até 80% com geração de conteúdo e 20% com ações de mídia.

Paulo Macedo