(Divulgação)

Com o objetivo de ampliar a presença do negro no mercado publicitário – seja nas campanhas que vemos nas ruas ou nas cadeiras de liderança das agências, a Ogilvy Brasil apresenta o “Eixo Benguela – Negros da Ogilvy em Movimento”. A iniciativa nasce como um desdobramento do SOMOS, grupo responsável por promover a diversidade e inclusão (de negros, mulheres e LGBTQIA+) dentro da agência. 

Formado por 16 profissionais negros da Ogilvy Brasil, o Eixo Benguela tem proposta de ir além de um coletivo, mas sim um convite à união. Por isso, se propõe a gerar debates sobre a importância da representatividade racial na publicidade, por meio de conteúdo informativo que gere conhecimento, reflexão e, principalmente, promova mudanças. Além disso, tem como meta ampliar as conversas internas e construir propostas de cursos e mentorias junto aos profissionais da agência.  

“O Eixo parte das vozes potentes que já existiam no Black Ogilvy e têm o desejo de ser agentes dessa mudança tanto interna, com nossos colegas de trabalho, equipes e clientes, quanto externas, com o mercado. Nosso propósito é ser esse lugar seguro para repensar uma publicidade mais inclusiva”, explica Luma Oliveira, account & project executive na Ogilvy Brasil 

O primeiro conteúdo do Eixo Benguela já está no ar em uma showcase criada pelo grupo no Linkedin da Ogilvy Brasil. Trata-se de um vídeo manifesto que explica a iniciativa. Assista:

A partir de agora, a showcase passa a ser o principal ponto de contato do grupo com o mercado, tendo novos conteúdos publicados periodicamente a partir de uma curadoria dos integrantes do Eixo.

“O grupo nasceu desse desejo também de trocar com o mercado. Queremos emitir nossa opinião e desenvolver projetos sobre os temas tangentes a diversidade e inclusão e desejamos estreitar o diálogo com outros núcleos que também estejam empenhados em transformar a publicidade”, afirma Carola Oliveira, content strategist sênior na Ogilvy Brasil 

Origem 

Para contar a origem do Eixo Benguela é preciso voltar a meados de outubro e novembro de 2019, quando o grupo SOMOS trabalhava na produção do Novembro Negro, projeto interno realizado em razão do Dia da Consciência Negra. Na ocasião, profissionais da Ogilvy envolvidos com a ação criaram um grupo de WhatsApp para falar de pautas e temas a serem abordados, trazendo outras pessoas da agência para somar à conversa e dando origem a um grupo de afinidades, então chamado informalmente de “Black Ogilvy”. 

Esse grupo, atualmente com 36 pessoas, se firmou como um local de acolhimento e apoio para a troca de experiências  e passou a trazer discussões que contribuíram tanto para o  Somos – Comitê de Diversidade,  quanto para entregas para os clientes. 

Após uma série de encontros por afinidade e trocas com outros núcleos negros do mercado, como AfroGooglers, Black Nu e Facebook Black, o grupo decide ampliar sua atuação, tanto internamente quanto para o mercado, dando origem ao Eixo Benguela, iniciativa institucionalizada pela Ogilvy Brasil, com apoio do CEO Luiz Fernando Musa. 

“A diversidade tem sido um dos nossos principais pilares nos últimos anos, até por uma questão de refletirmos com mais fidelidade a sociedade que vivemos. Nossos esforços em discutir e ampliar a representatividade racial dentro de casa têm gerado ganhos incríveis para estabelecer vínculos mais genuínos com as pessoas”, ressalta Musa.  

Para o executivo, essa responsabilidade deve ser compartilhada. “É nosso papel enquanto líderes não manter tudo isso apenas internamente, mas convidar todo o mercado para essa reflexão. Temos atualmente na Ogilvy 27% de pessoas negras, e entendemos que há espaço para não só ampliar essa equação desde a base, mas fomentar e treinar, sobretudo, novas lideranças. Essa é uma obrigação de todos, desde os departamentos de RH, passando pelos colaboradores e líderes”, completa. 

Vale ressaltar que Tereza de Benguela foi uma líder quilombola, nos anos 1750, que ajudou sua comunidade, formada por negros e indígenas, a resistir à escravidão por mais de duas décadas. Sua imagem de resistência e luta serviu de inspiração para o núcleo, que traz a imagem de liderança da mulher negra como símbolo do Eixo Benguela.