TagZag faz estudo sobre assédio contra mulheres no Nordeste

Para ampliar o debate do machismo dentro das agências, antes mesmo das campanhas serem concebidas, a TagZag, da Paraíba, realizou uma pesquisa em nove estados do Nordeste, com 200 mulheres publicitárias. Segundo o estudo, 71% das profissionais já sofreram algum tipo de assédio no trabalho.

Neste sábado (26), é celebrado o Dia Mundial da Igualdade Feminina e a pesquisa veio de encontro à data. Ela foi divulgada organicamente, em que cada publicitária passou para outra publicitária em uma espécie de ‘boca a boca virtual’. A ação possui uma campanha com filmes, redes sociais e envio de cartazes para agências da região.

“As agências são vistas como ambiente de vanguarda e mente aberta, mas nós ouvíamos relatos de uma realidade bem diferente. Quisemos medir isso e fazer o mercado se atentar sobre o assunto.” afirma Mariana Craveiro, COO da TagZag.

Para Carol Crozara, head of digital da TagZag, “é necessário criar gatilhos para evitar o assédio e, por tabela, reduzir o machismo nas agências. Não é fácil, sempre tem muita coisa envolvida. Mas ficar em silêncio só ajuda a manter o ambiente confortável para os assediadores.”

Em um hotsite criado apenas para divulgar a ação, alguns cases reais trazem depoimentos anônimos coletados dentro da pesquisa. Ouvir piada machista, receber cantada de clientes e chefes, ser julgada pela aparência e ganhar menos do que um colega homem na mesma função, são alguns dos relatos.