Para retratar um futuro no qual o mundo falhou ao não agir decisivamente contra o aquecimento global, orquestras, ativistas e cientistas recompõem “As Quatro Estações”, de Vivaldi, utilizando IA e dados ambientais pós mudanças climáticas. Escrita há três séculos, a obra é uma representação musical de cada estação influenciada pelos ritmos naturalmente produzidos ao longo do ano solar.

‘As (Incertas) Quatro Estações’ combina teoria musical com um sistema de modelagem computacional para gerar algoritmicamente variações regionais da composição original de 1725 de Vivaldi. O algoritmo altera a partitura musical, representando as mudanças previstas na precipitação, biodiversidade, elevação do nível do mar e eventos climáticos extremos nos relatórios da IPCC (Painel Intergovernamental Sobre Mudanças Climáticas).

O projeto foi desenvolvido pela AKQA e Jung von Matt, em parceria com o compositor Hugh Crosthwaite e o Centro de Pesquisa de Comunicação sobre Mudanças Climáticas da Monash University, Australia.

Nesta sexta (5), serão exibidas performances das “As [incertas] Quatro Estações” de 14 orquestras dos seis continentes – o Brasil será representado pela Orquestra Sinfônica da Universidade de São Paulo. O objetivo da ação é colocar mais pressão sobre os líderes mundiais para assinarem o Leaders Pledge for Nature e se comprometerem a reverter a redução de biodiversidade até 2030.