Com cerca de 4% do share dos investimentos em mídia o País, o meio rádio não tem mais o glamour de antes, mesmo tendo penetração similar à televisão. A Ala do Rádio, empresa inaugurada por Guilherme Sztutman e Leila Ali há dois anos e que acaba de incorporar à sociedade Geraldo Leite, propõe ao mercado um serviço que vai além das pesquisas que contemplam apenas os principais mercados do País.
A Ala já tem 12 agências de publicidade como clientes e atua como se fosse uma extensão dos seus departamentos de mídia, e com seus 26 softwares, desenvolvidos sob medida para sua operação, pode encaminhar trilhas, jingles e spots para 3.500 emissoras sem o risco desses materiais não serem veiculados, um dos principais problemas para as autorizações de veiculação desse meio de comunicação. A Ala também contabiliza no seu banco de dados informações sobre 1.500 rádios comunitárias, como detalha Sztutman.
O objetivo de Leite, Leila e Sztutman é oferecer ao mercado publicitário planejamento eficaz de mídia para o meio rádio “em harmonia com as regras do Cenp (Conselho Executivo das Normas-Padrão)”.
“Nossa proposta é a obtenção dos melhores preços praticados localmente, agregar valor com a regionalização, que é uma característica do rádio, e adoção de critério único para todo o Brasil seja por inserções ou pelo volume de GRPs (Gross Rating Points)”, disse Sztutman, lembrando que muitos problemas ocorridos há cerca duas décadas permanecem até hoje.
“O rádio, apesar dos seus esforços, precisa de mecanismos para ter a credibilidade dos anunciantes. Muitos planos de mídia não contemplam o rádio por esse tipo de deficiência. Mas ele tem charme, instantaneidade, ambientação local e uma penetração inigualável”, ponderou Leite que, apesar do novo negócio, permanece à frente da Singular Arquitetura de Mídia.
por Paulo Macedo