Os principais executivos da Y&R podem estar de saída da agência nos próximos dias. Os vice-presidentes Marcos Lacerda, o Mala, e Valdir Barbosa, seriam os primeiros. Os diretores Leandro Castilho (criação), André Gomes (atendimento), Fábio Freitas (mídia), Renata Salles (atendimento TAM), Dílson Gonçalves (atendimento Casas Bahia), Sergio Waib (relações corporativas) e Sylvia Panico (atendimento) também estariam dispostos a acompanhar a decisão dos VPs. Lacerda e Barbosa, segundo fontes do Propaganda & Marketing, já teriam tomado a decisão de sair. Ainda estão na agência, afinal, compromissos precisam ser concluídos. Esse grupo de executivos seria a base da operação que Silvio Matos, que deixou a presidência da Y&R há cerca de duas semanas, deve comandar no Brasil, provavelmente a Grey, ou uma agência que o WPP formaria especialmente para ele dirigir. Segundo fontes do P&M, a decisão de Lacerda de deixar a Y&R está relacionada à relação de confiança que mantém com Matos. Roberto Justus, presidente do Grupo Newcomm e interinamente no comando executivo Y&R, ainda não foi comunicado. Justus teria feito proposta a Lacerda para permanecer devido a sua importância para o dia-a-dia da agência. Ao que tudo indica, Lacerda não aceitou. Matos esteve nos Estados Unidos na semana passada acertando seu futuro. Segundo fontes, ele gostaria de ter algumas contas que atualmente estão na carteira de clientes da Y&R na sua futura agência. Se aceitar o provável pleito de Matos, o WPP estaria abrindo uma exceção. Como é uma holding que abriga empresas com interesses conflitantes, todas na áreea de publicidade, o WPP quer que suas agências sejam independentes e que seus respectivos processos de crescimento não tenham o expediente da canibalização, como contextualiza fonte do P&M. Com a saída de Matos, Justus será o único sócio do WPP no Brasil. Tomás Lorente, contratado na semana passada para a vice-presidência de criação da Y&R, não terá participação acionária. Lorente, porém, não deixou a Loducca22 para se transferir para a Y&R. Justus só passou a considerar seu nome após sua saída da agência. O preferido de Justus era Celso Loducca, mas este não aceitou a proposta de deixar sua agência provavelmente pela exigência do WPP em não querer ter outro sócio no País. Paulo Macedo