Os modelos usados tradicionalmente para a composição de pacotes de patrocínios no universo do marketing esportivo vêm sendo revistos em todo o mundo com mudanças aceleradas pela pandemia da Covid-19.
Do Brasil, vem a reflexão sobre planejamentos centrados em visibilidade, que perderam o sentido. Com base em dados da Associação Europeia de Patrocínios (Europe Sponsorship Association – Esa), o especialista em marketing esportivo Amir Somoggi, sócio-diretor da Sports Value, busca chamar a atenção de clubes, ligas e atletas para os fatores que a partir de agora tendem a guiar a estratégia dos patrocinadores.
A análise de dados é o componente mais importante do estudo. Aparece com 73% na lista de prioridades para patrocinadores na Europa, seguido por inovação tecnológica (54%), melhora na mensuração (53%), marketing de conteúdo (50%) e criatividade (48%).
De acordo com a avaliação da Sports Value, “o mercado brasileiro de patrocínios precisará evoluir urgentemente a fim de estar alinhado com o que de mais moderno se desenvolve no mundo”.
Dados da consultoria norte-americana especializada em patrocínios IEG mostram que 63% dos patrocinadores dos Estados Unidos estão repensando os seus investimentos; 31% esperam redução dos valores pagos; e 20% vão diminuir os investimentos.
Em outro levantamento feito pela IEG em parceria com a agência de marketing esportivo orientada a dados Two Circles, os resultados revelam que os patrocínios globais sofreram um corte de 37% em 2020, diminuindo de US$ 66 bilhões em 2019 para US$ 42 bilhões no ano passado.
“A questão do marketing digital, fan engagement, projetos ambientais e sociais robustos são ótimos exemplos. Tudo isso sempre gerou entregas secundárias ou até marginais para o ROI com patrocínios”, aponta a Sports Value.
A agência especializada em marketing esportivo, branding, patrocínios e ativações vem realizando diversas análises com base em estudos internacionais para identificar tendências e balizar mudanças capazes de orientar as estratégias das marcas no Brasil.