A diretora executiva da Apro (Associação Brasileira da Produção de Obras Audiovisuais), Sonia Regina Piassa, emitiu nota nesta quinta-feira (2) posicionando a entidade sobre algumas práticas das mesas de compra – como leilão reverso na contratação de serviços de produção de trilha sonora e outras obras audiovisuais. De acordo com a entidade, a prática pressiona o custo para baixo através de exigências contratuais, comprometendo a qualidade do resultado final.
A nota foi emitida em função do manifesto da Aprosom (Associação Brasileira das Produtoras de Fonogramas Publicitários), divulgado na tarde da quarta-feira (1º) (Leia mais aqui).
Confira abaixo a íntegra da nota da Apro:
“Participar de um leilão reverso é a maneira mais rápida de acabar com sua produtora. Muitas produtoras de filmes estão revendo suas posições e os pools estão virando piada. Quem está dentro, quer sair, e quem está fora, quer entrar.
Como Apro (Associação Brasileira da Produção de Obras Audiovisuais) nos posicionamos inteiramente contrários a leilões reversos, pools e exigências predadoras de compradores de insumos, pois somos artesãos de peças únicas. A ótica do diretor é que imprime o caminho do filme e esse caminho pode diferir radicalmente de um diretor para outro.
Anunciantes sempre têm muita preocupação com seus produtos ou serviços. Realizam pesquisas, investem em design de marca e embalagens, na criação de suas campanhas publicitárias, em pessoal de marketing qualificado para tomar decisões certas mas, com relação aos serviços de produção, os anunciantes que utilizam mesas de compra, leilões reversos, pools e outras exigências predadoras, estão quantificando e não qualificando os investimentos que realizam.
Os profissionais de compra e suprimentos só pensam na economia que irão fazer sem o menor respeito aos nossos apelos. Se fizermos um estudo, mesmo que superficial, do que eram nossos filmes publicitários antes dessas mesas de compra de insumos, pools e leilões, facilmente veremos que quem mais perdeu foram os anunciantes.
Em nome de uma economia “porca”, o intervalo comercial das emissoras de TV virou uma tortura para os consumidores e telespectadores.
Sonia Regina Piassa, diretora executiva da Apro“