A Caixa Econômica Federal veicula, a partir desta semana, a nova versão do comercial “O bruxo do Cosme Velho”, criado pela BorghiErh/Lowe como parte das comemorações dos 150 anos da instituição. Em setembro, o filme havia gerado polêmica por ter apresentado um ator branco no papel do escritor Machado de Assis, que era mulato, e culminou em um pedido oficial da Seppir-PR (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República), órgão do governo federal, para retirá-lo do ar.

Em nota divulgada na época, a entidade afirmou que a Caixa deveria corrigir a produção do vídeo, “reconhecendo o equívoco e considerando o diálogo que vem mantendo com a sociedade ao longo da sua trajetória institucional”. Em resposta, Jorge Hereda, presidente da instituição, divulgou uma nota em que pedia “desculpas a toda a população e, em especial, aos movimentos ligados às causas raciais, por não ter caracterizado o escritor, que era afro-brasileiro, com a sua origem racial”.

“A Caixa reafirma que, nos seus 150 anos de existência, sempre buscou retratar, em suas peças publicitárias, toda a diversidade racial que caracteriza o nosso país. Esta política pode ser reconhecida em muitas das ações de comunicação, algumas realizadas em parceria e com o apoio dos movimentos sociais e da Secretaria de Política e Promoção da Igualdade Racial (Seppir) do Governo Federal. A Caixa nasceu com a missão de ser o banco de todos e jamais fez distinção entre pobres, ricos, brancos, negros, índios, homens, mulheres, jovens, idosos ou qualquer outra diferença social ou racial”, destacou a carta assinada por Hereda.