Os empresários Luciano Kleiman, Daniel Neuman e Hyung Jun Kim criaram o app b4waste, que une os estabelecimentos que precisam encontrar um destino adequado aos produtos próximos da data de vencimento e o consumidor. A ideia é combater o desperdício. O aplicativo gratuito é um sistema que tanto serve para alimentos como para cosméticos. A mecânica é simples. O b4waste conecta lojas e consumidores. O ciclo da venda pelo aplicativo começa no varejo. Os lojistas anunciam no app seus produtos que estão próximos à data de validade com, no mínimo, 50% de desconto, e o cliente é notificado.

Luciano Kleiman, Daniel Neuman e Hyung Jun Kim (Divulgação)

A ferramenta foi lançada em fevereiro e Neuman fala que o app cresce mais de 50% ao mês na base de clientes. “Os varejistas associados estão satisfeitos. Além da questão financeira, o aplicativo propõe o consumo consciente, evitando o desperdício. Não falamos apenas no desperdício de alimentos, mas de embalagens, recursos como a água, usada em todos os processos. Enfim, o desperdício é a cadeia de todas cadeias produtivas. Precisa ser combatido”. Ele diz ainda que colocar o projeto em pé dentro da loja também é uma fórmula simples. Segundo Neuman trata-se de um marketplace com varejistas disponibilizando os produtos e usuários adquirindo. “A única diferença é a particularidade da data. O app envia notificações informando seus clientes sobre a entrada de novos produtos”, comenta.

Ele afirma ainda que os consumidores estão satisfeitos com a aderência e recorrência. “Não só pelos descontos serem bem atrativos, mas também pela contribuição com o planeta”. O b4waste conta com 25 marcas que aderiram ao projeto e a maioria delas com mais de uma loja, como Mambo, Emporium São Paulo, Natural da Terra, Kopenhagen, Carole Crema, Ofner, Kop, Dengo, Mr. Baker, Santo Grão, Um Coffe Co., Empório Frutaria, L’Occitane e Julice. O executivo fala que não enfrentou nenhum tipo de problema nestes meses de operação. “Começamos em soft opening para conhecer 100% a operação, sistema e logística. Em fevereiro, testamos a ferramenta. O processo está sendo muito aceito. O segredo é a transparência total no sistema”.