A APP (Associação dos Profissionais da Propaganda) lança nesta segunda-feira (13) o livro “Profissionais de Propaganda – Um galo na cabeça”, que celebra seus 75 anos de atuação na defesa dos que atuam no mercado publicitário. A obra é dividida em duas partes: a primeira relembra todo o passado da APP, iniciando por sua fundação e mostrando em detalhes todos os processos pelo qual o mercado publicitário passou e que ajudaram o profissional a se estabelecer até chegar ao presente; já a segunda é dedicada ao futuro e discute para onde a instituição e também a propaganda estão caminhando, levantando questões sobre as incertezas com as quais a indústria terá de conviver nos próximos anos.
Para contar essa história e debater o futuro, foram convocados nomes de relevância do mercado para darem seus depoimentos, como Roberto Civita, Washington Olivetto, Julio Ribeiro e outros profissionais. “Quem de fato precisa ser ouvido no mercado, aqueles que não podem faltar”, afirma Ênio Vergeiro, atual presidente da associação. Segundo o executivo, o livro mostra quem é o profissional da propaganda e como o seu trabalho evoluiu da década de 1980 até os dias atuais, evidenciando a diferença de atuação entre as gerações de publicitários. “O livro é um documento, tem um aspecto histórico. Quando publicamos a edição dos 70 anos, vimos que ela tinha servido para pontuar o momento do nosso mercado. Imagino que, no futuro, ele sirva para mostrar que nossa vida era assim, que se trabalhava deste modo e que o modelo de negócio era este. A intenção é deixar um documento para a APP”, avalia.
Quanto à história da associação, a obra destaca seu papel de relevância nos bastidores do mercado publicitário, servindo como uma mola propulsora de muitas ações que fomentaram as bases para que o Brasil fosse mundialmente conhecido por sua indústria da propaganda. Vergeiro lembra que importantes instituições do setor tiveram como origem a mobilização de profissionais vinculados à APP, como é o caso da ESPM, do Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) e dos grupos de Mídia, Atendimento e Planejamento. “A APP foi o guarda-chuva de tudo isso. Nada teria sido criado se não houvesse uma sede, uma base, uma associação com esses profissionais participativos que buscam fazer coisas em prol do mercado”, diz o presidente.
Vergeiro foi eleito para seu segundo mandato consecutivo à frente da APP, onde ficará por mais dois anos. O presidente diz que manterá o formato de liderança descentralizada adotado no biênio anterior, dando maior autonomia de ação para as diretorias – iniciativa que tem recebido apoio do mercado, segundo ele. Sua função e a dos demais integrantes do corpo diretivo, diz, é devolver ao mercado publicitário um pouco do que ele proporcionou.
Sobre a data histórica, comemorada em setembro de 2012, o presidente afirma ser o atestado de que a APP é um órgão relevante, que faz diferença para o profissional. “Se em 1937 já pensaram em criar uma associação, significa que publicidade já era coisa séria”, diz. “A APP está zelando junto ao mercado e à sociedade pelo profissional da propaganda, seja ele de agência, de veículo ou dos prestadores de serviços e fornecedores. Nossa missão é mantê-lo atualizado e valorizado e é isso que temos conseguido”, conclui Vergeiro.