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Jeff Goodby e Rich Silverstein, fundadores da Goodby Silverstein & Partners, ganharam seu primeiro Leão de Cannes para o Mill Valley Film Festival. Desde o nascimento da agência até hoje, os executivos venceram vários prêmios e se tornaram referência mundial de boa propaganda.

Por trabalhos como este, o Festival os reconheceu com o Lion of St. Mark, um prêmio dado a grandes publicitários pelo conjunto de suas obras. O reconhecimento vem mesmo após Goodby vociferar contra o evento num artigo publicado no Wall Street Journal em 2015 e que, aliás, foi lido pelo CEO Philip Thomas no palco, durante o bate-papo.

Com um sorriso meio amarelo, Goodby se justificou: “acho que o festival melhorou desde então, mas estamos num processo de fazer coisas que só amigos e nós gostamos”. Para ele, uma campanha premiada em Cannes deve ultrapassar o trade e não ser celebrada apenas pelo universo publicitário.

Com uma comunicação marcada pelo humor, os sócios não escondem detalhes curiosos na rotina da agência. “Tentamos fazer coisas que gostamos”, afirmou Goodby que ao ser questionado por Thomas sobre um curioso e-mail que mandou à equipe, fez toda a plateia cair no riso. “Mandei um e-mail dizendo: ‘Vocês não vão fumar maconha no escritório quando clientes estiverem no prédio'”.

Outros trabalhos clássicos da agência foram exibidos. Caso deste filme para a histórica campanha Got Milk?:

E também este comercial clássico para a Nike:

“Ter um isight e fazer uma boa história é atemporal. Estes filmes ainda são engraçados porque significam algo, são verdadeiros em sua direção”, explica Silverstein. “As pessoas não ligam pra tecnologia, ligam pra ideias”, complementou.

“Hoje, tudo em Cannes é sobre salvar o mundo”, disse Goodby. “Cannes está bem séria este ano, mas um pouco de humor seria legal”, adicionou Silverstein.

Um dos segredos para criar com eficácia é acompanhar o mundo e suas mudanças. “Ele e eu amamos a cultura popular. As pessoas se importam muito com o que os outros estão fazendo na publicidade em vez de olharem para o mundo”, analisou Silverstein.

Mas a Goodby não vive só do passado. Cases recentes demonstram a força criativa da agência. Um deles trouxe Salvador Dalí de volta à vida:

Sim, a tecnologia no final é importante. “Mas ainda é sobre humanidade. Não importa se a tecnologia é maravilhosa, o que importa é o storytelling”, finalizou Silverstein.