Após 22 anos, Valdir Cimino (em pé) se afasta da direção-executiva da Viva; Luciana Bernardo e Rogério Sautner assumem a área (Divulgação)

Há 22 anos atuando na formação de voluntários para contação de histórias em hospitais e escolas, a Associação Viva e Deixe Viver apresenta novo organograma. A partir de agora o fundador da entidade, Valdir Cimino, assume a função de conselheiro, enquanto Luciana Bernardo e Rogério Sautner ficarão à frente da diretoria-executiva.

As mudanças se dão a partir de uma consultoria realizada pela associação em parceria com a Pfizer e o Hospital Sabará. “Em 2018 tivemos uma reunião com os nossos conselheiros, o Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social […] e o doutor José Setúbal, que me falou: ‘Você vai fazer 60 anos, já está à frente da Viva há muito tempo, é importante que o legado seja trabalhado a partir de agora’”, conta Cimino sobre o início da mudança.

De acordo com Luciana, a consultoria passou um mês mergulhada nas atividades da entidade para identificar melhorias e oportunidades de gestão. “Eles ficaram horas analisando a sede, foram visitar universidades que têm parcerias técnicas com a Viva, foram para o hospital, enfim, vivenciaram o trabalho da associação, dos voluntários e propuseram algumas mudanças interessantes, pensando em sustentabilidade”, diz.

A nova estrutura da instituição terá, portanto, dois diretores-executivos, uma área de marketing, outra de desenvolvimento humano, que se responsabiliza pela comunicação e divulgação institucional, além de indicadores de resultado, frentes de pesquisas e captação de recursos.

A associação terá ainda um setor de desenvolvimento humano, que atua diretamente com os voluntários na elaboração dos conteúdos programáticos e palestras e, por fim, os setores administrativo e financeiro, além dos conselhos, que são responsáveis pela gestão estratégica da associação.

De acordo com Luciana, os maiores desafios do ponto de vista da comunicação da nova gestão serão as campanhas de motivação aos voluntários e, ainda, a implementação de um novo CRM, que deve interligar campanhas de banners no digital até a ampliação das mensagens. “Um desafio é estreitar o relacionamento com todos os stakeholders, mostrando trimestralmente os nossos indicadores de resultado. […] Outro desafio é trazermos novas marcas como apoiadoras. Fazermos uma análise de cada produto e a comunicação ocorrer em tempo hábil. A Viva consegue grandes apoiadores de mídia e acaba perdendo o timing na entrega do material”, pondera.

A associação mantém parcerias de mídia com veículos como UOL, Viacom, Globo, TV Cultura e PROPMARK, além de espaços de OOH em aeroportos, metrô e shoppings. Uma das novas funções de Cimino, será, entre outras, de captação de apoio. “Eu passo a configurar o conselho fiscal da Viva, porque minha função será captar recursos, desenvolver o planejamento da área de projetos e apresentação deles aos investidores”, comenta.

Os projetos de formação de novos contadores de história recebem incentivo da Lei Rouanet. Como contrapartida, a Viva faz exposição da marca dos apoiadores nos materiais de comunicação. Atualmente, a entidade conta com patrocínio de Volvo, Nadir Figueiredo, Mahle Metal Leve, Safran, o próprio UOL e a Pfizer, além de uma lista de mais de 20 apoiadores em diferentes cidades do país.