A Band anunciou nessa terça-feira (1º) o último passo na reformulação de sua grade, iniciada em 2007. Além de novidades nos programas já tradicionais, como CQC e A Liga, o canal investe agora em reality shows, séries, games e cinema, faz parcerias com estúdios internacionais, como Sony e Universal, e quer se consolidar como um canal de entretenimento na TV aberta brasileira.
“Em 2002, começou a grande virada da Band, com renegociação da dívida, contratação de consultoria, de novos executivos e mudança radical de gestão. Antes, não tínhamos capacidade de investimento, trabalhamos primeiro com programas de auditório. Com a vinda do futebol em 2007 e do CQC em 2008, houve a grande mudança, novidades trouxeram jovialidade para o canal”, explica Marcelo Mainardi, diretor executivo comercial da Band.
O canal estreia neste ano 14 novos programas, como Projeto Fashion, versão brasileira do Project Runaway, que marca a volta da apresentadora Adriana Galisteu, e Agora é Tarde, late show comandado por Danilo Gentili, que terá de stand-up comedy a entrevistas de personalidades trash.
Para o público teen, Julie e os Fantasmas, produzida pela Mixer com roteiro criado pela Band, e Descolados, produção exclusiva da Mixer, é a aposta do canal para diversificar o perfil de audiência da Band, cujo target hoje são telespectadores acima dos 35 anos.
“A força antes estava no esporte e no jornalismo. Agora estamos trabalhando público mais jovem, o que abre mais possibilidades para os anunciantes”, afirma Hélio Vargas, diretor artístico e de programação.
Em 2003, o maior anunciante do canal era o Polishop. Hoje, a empresa comemora a entrada de grandes instituições, como bancos e operadoras de telefonia. Só o CQC, segundo maior programa de importância econômica para a Band, reúne anunciantes como Unilever, PepsiCo, Telefônica e Skol, primeira a fazer inserções no programa.
Mainardi destaca que a reformulação do canal será contínua. O contrato com o estúdio que produz o CQC, por exemplo, segue pelos próximos seis anos. “Nossa programação agora é planejada. Hoje, temos norte. Antes, não. Hoje, sabemos para onde estamos indo”.
por Keila Guimarães