Mesmo deixando parte da fama de Black Fraude de lado, há quem ainda torça o nariz para a Black Friday. Na última quarta-feira (27), o termo “black fraude” ficou entre os mais discutidos no Twitter, com diversos usuários da rede compartilhando supostas promoções falsas.
A data, vale lembrar, representa um ótimo momento para o varejo. As vendas online devem faturar R$ 3,07 bilhões em 2019, alta de 18% na comparação com 2018, conforme estimativa da Ebit|Nielsen. De acordo com o levantamento, os pedidos podem ter alta de 15% em relação ao ano passado, chegando a 4,91 milhões com um ticket médio de R$ 626, uma variação de 3%.
Mas como se prevenir? Algumas iniciativas podem ajudar consumidores. A extensão para Google Chrome Black Friday de Verdade, por exemplo, é uma delas. Com ela, é possível verificar uma linha do tempo do preço do produto no e-commerce e analisar se houve aumento indevido nos meses que antecedem a data.
Além disso, ela permite comparação com outros sites. Os responsáveis pela extensão também lançaram este ano o termo “Compromisso Black Friday de Verdade”, onde as lojas podem solicitar a adesão, comprometendo-se a oferecer descontos reais e comunicação transparente durante o período.
Outra ferramenta útil é a Black ou Fraude, criada pela Reduza, uma startup de redução de preços. Com ela, utilizando o link da oferta, o consumidor pode identificar possíveis golpes e promoções falsas.
“Como inúmeras práticas são aplicadas por grandes varejistas, essa data acaba sendo uma isca para os consumidores impulsionados pelo clima gerado pela mídia que permeia o assunto”, explica Achiles Júnior, coordenador dos cursos de marketing e marketing digital do Centro Universitário Internacional Uninter.
Outro detalhe é verificar o selo de credibilidade de site seguro no momento da compra virtual e, se for o caso, certificar-se de que a loja virtual tem endereço físico e um canal de relacionamento com o consumidor. Outra recomendação é acessar o site do Procon (Departamento Estadual de Proteção ao Consumidor) do seu Estado, para verificar a “lista negra” de sites a serem visitados. Checar se há reclamações existentes no site do Procon nacional também é aconselhável.