O branded content foi o tema-central da palestra de Ernesto Bernardes, diretor de projetos especiais do Estadão, durante o Summit de Comunicação, que acontece nesta terça-feira (4), em São Paulo. “O branded content tem que ser baseado na relevância”, disse o executivo. “Ele é pautado pela óptica da audiência, e não pela marca”, completou.

Alê Oliveira

Outro ponto importante é a identificação. “O branded content serve, entre outras coisas, para criar uma identificação” disse Bernardes. “A função do branded content é contar histórias interessantes para criar identificação com as pessoas, com os leitores”, completou.

O diretor de projetos especiais do Estadão citou como exemplo o clássico Popeye. “Ele é um exemplo de branded content”, garantiu. “O criador do personagem, que à época era um quadrinho no jornal, chegou a negociar com um produtor de cebola para fazer branded content, mas acabou fechando acordo com os produtores de espinafre”, lembrou.

Ernesto Bernardes afirmou ainda que outro ponto forte do branded content é o esclarecimento. Ele citou como exemplo uma pesquisa que revelou que muitas pessoas demoravam para escolher um vinho nas gôndolas do supermercado. “Nós fizemos, então, um conteúdo para a Concha Y Toro sobre vinhos chilenos”, exemplificou.

Ele também falou sobre o Informe Publicitário. “O bom e velho Informe Publicitário morreu porque era mal escrito, era mal feito”, disse.

Por fim, ele citou uma pesquisa, na qual revelou que 58% das pessoas confiam no meio jornal. Outro dado mostrou ainda que o tempo médio gasto para a leitura de uma revista é de 29 minutos.

 Neurociência

“Neurociência do consumidor: teoria e prática” foi o tema da palestra da diretora de neurociência da Nielsen Janaína Brizante. Ela falou sobre as decisões e as ações que levam as pessoas a toma-las. “Na verdade, existem três pontos que são cruciais: emoção, memória e a atenção”, disse.