Quem nunca se emocionou com uma história a partir de uma propaganda? Aquela que te faz lembrar de um lugar, de uma pessoa ou de um momento muito importante na sua vida? Por acaso você consegue se lembrar da marca relacionada a essa propaganda? A resposta provavelmente é sim. Esse tipo de estratégia que mexe com o nosso emocional é chamado de branding emocional. Pesquisas apontam que esse modelo de marketing é mais eficaz do que aqueles que não o exploram. Isso porque as pessoas tendem a lembrar-se mais das marcas quando elas envolvem algo relacionado ao nosso lado afetivo, condição que é chamada de consciência de marca. E, naturalmente desta maneira, estabelecemos uma maior conexão com ela.

Mas como chamar a atenção do seu público com o branding emocional? Digo sempre que contar uma boa história é uma excelente estratégia, desde que a emoção escolhida para a sua campanha esteja intrinsecamente conectada com a verdade do negócio, ou seja, algo que seja de fato real. Essa autenticidade é o que vai sustentar o propósito de valor da sua marca, sem o risco de tornar-se somente um buzz/trend ou que apresente-se apenas como uma “modinha” do momento.

Alinhado a esse propósito você pode criar essa conexão usando elementos que mexam com as necessidades subconscientes do ser humano relacionadas, por exemplo, ao preenchimento do ego, amor, segurança emocional e poder. Alguns  temas que podem evocar esses sentimentos para causar uma boa impressão são  os relacionados a uma dor do cliente ou que explorem a conexão natureza, com a família, com o trabalho, ou com o passado. Inclusive, um estudo realizado pela Universidade de Princeton demonstrou que é necessário entre um e dez segundos para gerar uma impressão. E é exatamente nesse curto intervalo, que você precisa chamar a atenção.

Um exemplo de branding emocional foi na eclosão da pandemia, quando muitas marcas aproveitaram o momento de sensibilidade universal para evocar emoções relacionadas à segurança, proteção e empatia em solidariedade às famílias, a fim de criar uma conexão instantânea e pessoal com os consumidores. Mas essas ações relacionadas a um evento extraordinário não têm o mesmo propósito de uma campanha direcionada para construir um significado para a marca.

A narrativa também pode trazer experiências relacionadas ao mercado de atuação da empresa, missão da marca, empoderamento e branding sensorial – que explora os sentidos.

É preciso considerar que hoje temos um consumidor muito mais consciente, mais empoderado e mais conectado e isso faz toda a diferença na hora da criação. Lembre-se que a sua narrativa deve ser comparada àquela música que nos vem à cabeça em momentos especiais e para isso, deve estar conectada a uma verdade da marca. Portanto, use a sua criatividade para trazer o seu público mais próximo de você. Afinal, somos seres humanos e somos feitos de histórias. 

Luiz Fernando Morais é um dos fundadores e CEO da Meediaonne