A prefeitura de Florianópolis quebrou o contrato firmado com a Brasil Kirin que garantia à empresa a exclusividade da venda de produtos nas praias da cidade. Dona de marcas como Schin, Devassa e Eisenbahn, a companhia pagou R$ 400 mil ao governo da capital catarinense para ter o direito de vender apenas as suas marcas nas areias das praias do município, além de estampar propagandas nas tendas, guarda-sóis, cadeiras e isopores dos vendedores ambulantes. O acordo não valeria para os bares e restaurantes da orla.
Em comunicado enviado à imprensa, a prefeitura informa que “os comerciantes credenciados para venda de bebidas nas praias de Florianópolis poderão oferecer ao público qualquer produto, mantendo os da empresa que venceu a licitação, garantindo, assim, a livre concorrência”.
Segundo o Procon, apesar de o acordo ter sido conduzido de maneira legal por meio de licitação, o contrato é irregular, pois tira o direito de escolha dos consumidores.
Procurada pelo PROPMARK, a Brasil Kirin ressaltou que ficou fora da praias de Florianópolis nos últimos cinco anos devido à última licitação da mesma natureza realizada em 2010 que deu o direito à Ambev. No entanto, a companhia ainda não se pronunciou sobre o fato de a prefeitura ter quebrado o contrato e vai esperar uma reunião com os representantes do governo para decidir se tomará alguma medida.
Apesar da polêmica, não é de hoje que algumas prefeituras de cidades brasileiras têm vendido exclusividade para determinadas marcas de cerveja nas praias. Isso já vem acontecendo em cidades como Rio de Janeiro, Salvador e Recife, onde os municípios começaram oferecendo principalmente a exclusividade das empresas estamparem suas marcas em cadeiras, guarda-sóis e tendas dos vendedores.