No ano passado, com oito Echo Awards, o Brasil foi uma das estrelas do DMA. Este ano, na 89ª edição da competição de cases da Direct Marketing Association, o País teve participação pífia sem assegurar nenhum prêmio na bagagem. O País teve desempenho razoável até a etapa semifinal, a partir daí não emplacou mais. Um trabalho da DatamidiaFCBi para o Fiat Idea poderia ter ganho prêmio, mas o retorno de 1,5% da ação foi considerado baixo. “Além do balanço entre estratégia, criação e resultados, também foram analisados não somente do ponto de vista percentual, mas de performance relevante por País”, explicou Marisa Furtado, sócia da Fábrica e única jurada brasileira na maior competição mundial de marketing direto. O Echo Awards é um prêmio que prima pelo rigor e pela excelência. Para se ter uma idéia, fui até Nova Iorque participar da segunda rodada e voltei como fui: sem nenhuma dica dos cases que tinham passado para a fase final. Durante o julgamento, fui orientada a não participar da avaliação de um case institucional da Salem, que caiu na nossa bancada. Meus colegas do júri ponderaram que poderia haver conflito de interesses. Esses são apenas exemplos de como a coisa é ética e séria. Por tudo isso, sermos finalistas no Oscar do marketing direto já é uma grande honra. A linha que separa a short list do ouro, prata e bronze é muito tênue e depende muito do corpo de jurados”, acrescentou Marisa. No ano passado as agências vencedoras foram a E/Ou, Fábrica, OgilvyOne, Sun MRM, Sunset e Salem. “Temos que escrever melhor”, recomenda Marisa lembrando que Sid Liebenson, chairman do júri, que a América Latina terá um comitê julgador exclusivo em 2007 a exemplo da Europa e Ásia.
Paulo Macedo