A 42ª edição do Fiap (Festival Iberoamericano de Publicidade), que começa nesta terça-feira (12) e vai até sexta-feira (15), em Buenos Aires, na Argentina, terá uma participação destacada do mercado brasileiro. Além da expectativa em repetir o bom desempenho que costuma ter na competição – em 2009 e 2010, a AlmapBBDO ganhou o Grande Prêmio de Agência do Ano -, o Brasil foi escolhido para ser o país-tema do Fiap 2011. A partir deste ano, o festival terá um país anfitrião para cada edição e o Brasil foi o primeiro deles. A edição de 2011 do Fiap será verde e amarela, com decoração, cores, música e outros costumes relacionados à nossa cultura. “Pela primeira vez o festival vai ter um país convidado de honra, neste caso vai ser o Brasil”,explicou Daniel Marcet, diretor geral do Fiap.

O propmark também vai ser homenageado, entrando para o Salão da Fama do Fiap, por seu pioneirismo e contribuição na divulgação da propaganda brasileira. “O propmark será o único brasileiro homenageado na edição de 2011 do Fiap. Ele passa a integrar o Salão da Fama por ter ajudado na divulgação e no crescimento da propaganda brasileira desde sua criação, trabalhando com objetividade, impulsionando e reconhecendo agências, criativos, anunciantes e produtoras”, contou Marcet.

Outra demonstração de força do mercado brasileiro na edição 2011 é a parceria firmada entre o Grupo Bandeirantes e o Fiap. Pelo acordo, os veículos do conglomerado de mídia farão a cobertura e divulgação do evento em território nacional. No total, o Brasil terá nove jurados.

Uma novidade é que este ano o Fiap terá, pela primeira vez, a Copa Iberoamericana, na qual trabalhos premiados com ouro serão julgados por seus segmentos”como Automóveis ou Bebidas Alcoólicas, por exemplo”, e não por mídia. Sete jurados farão a avaliação dos cases ao vivo, com presença do público. Entre eles, dois brasileiros: Sérgio Gordilho, da Africa, que participa do júri de Campanhas Integradas; e Rui Porto, diretor de comunicação e mídia da Alpargatas, convidado especialmente para a Copa. Além dos dois, mais sete brasileiros integram júris: Fernando Campos (Santa Clara), em TV; Hugo Rodrigues (Publicis Brasil), em Gráfica; Fernando Rodrigues (DPZ), em Rádio; Anselmo Ramos (Ogilvy), em Internet; Gal Barradas (F.biz), em Inovação em Meios; Carlos Righi (Fulano Filmes), em Técnicas de Produção Audiovisual; e Lincoln Seragini (Seragini Branding Design), em Design, categoria estreante.

EXPECTATIVAS

Para Sérgio Gordilho, por exemplo, o clima para o Fiap é de Copa do Mundo, inclusive os jurados brasileiros são chamados como “a seleção verde e amarela”. O copresidente da Africa destaca que a expectativa do mercado é alta com relação à participação brasileira. “O Brasil tem capacidade grande, nível de produção e criatividade forte. As expectativas sempre são muitas boas. É como a seleção brasileira na Copa do Mundo. A gente sempre vai bem. Às vezes ganha, às vezes fica um pouco abaixo da posição no ano anterior, mas no geral vai bem. Temos posição de líderes na América Latina. Estou super-honrado de participar do júri do Fiap”,acrescentou Gordilho.

Hugo Rodrigues, coo e cco da Publicis, afirma que sua expectativa é de aprender.”Eu sempre vou com a expectativa de aprender. Como jurado você pode analisar trabalhos de outros países e compartilhar opiniões com pessoas que, como eu, vivem da comunicação, mas em outras realidades. Você está lá para analisar o que deu certo e foi previamente selecionado pelos criativos. Fica diante das tendências e do que está acontecendo em outros países. No caso do Fiap, nos países ibero-americanos”, comentou Rodrigues.

Sobre a possibilidade de prêmios e concorrência, o executivo da Publicis completa: “O Brasil tem tradição em ganhar prêmios, principalmente na categoria Gráfica, uma das que vou julgar. Acredito que este ano não será diferente, apesar da Argentina também ser forte nessa categoria. O que tenho percebido é que as campanhas brasileiras, em geral, são campanhas grandes, conhecidas do grande público, e a linguagem está cada vez mais global. O Brasil está aprendendo bem essa lição. São campanhas que poderiam ser veiculadas em qualquer lugar do mundo”.

por Kelly Dores