O Brasil teve destaque extra no Lions Health. A Agência Area 23, que tem sede em Nova York e integra a rede FCB Health, ganhou o Grand Prix de Agência do Ano do Lions Health. Com os trabalhos “The trafficking exam”, para a Polaris, “Alien”, para a Mollie Biggane Melanoma Founddation, e “Map # 1 e 2”, para a Miracles flights, a Area 23, chamou a atenção dos jurados. A agência tem, como vice-presidente sênior e diretor de criação o brasileiro Bernardo Romero. Ele explica:
“The trafficking exam” é um dos trabalhos que estamos mais orgulhosos esse ano. Além de um ouro e uma prata no Lions Health, ele está no shortlist de inovação. O curioso sobre essa ideia, é que pela necessidade de mantê-la em sigilo para maior eficácia do projeto, o festival concordou em proteger todas as informações sobre o trabalho, incluindoo video-case, board e descrições. Talvez um dos únicos leões secretos da história do festival. Já o “Alien” é um device que muda o jogo em diagnóstico. É um sutiã que detecta câncer de mama em seu estágio inicial com o dobro da eficácia de uma mamografia, e custando apenas quatro dólares. Em países como a Africa, onde vivem milhares de mulheres e somente 16 máquinas de mamografia para atender a demanda, dá para imaginar o impacto dessa tecnologia”.
Há cerca de dois anos em Nova York após carreira no Brasil na Africa, Lew’LaraTBWA e Artplan, o carioca Romero não se arrepende de ter migrado para o segmento farmacológico. “Foi uma mudança positiva. De um modo geral, os anunciantes de fármacos tendem a ser bem conservadores, e esse é um grande desafio. Além, é claro, das regulamentações e restrições do mercado. Portanto é essencial um trabalho multidisciplinar alinhado com atendimento, planejamento e criação para que possamos entender as limitações e restrições e detectar oportunidades e fazer um trabalho inovador e criativo. Agora, está mudando muito e para melhor. Essa transformação sempre foi lenta, mas nunca estagnou. E tenho percebido que nos últimos dois anos houve um boom criativo. O trabalho inovador e disruptivo que o Diego Freitas está fazendo a frente da Havas Life no Brasil é um grande exemplo. Agências e clientes de Health estão cada vez mais atentos ao potencial do VR para dar um passo a mais pra facilitar a educação médica de uma maneira imersiva, multi-sensorial e interativa”, afirmou Romero.