Uma pequena marca de cachaça, com sede em Belo Horizonte, Minas Gerais, parece estar incomodando a gigante inglesa Diageo. De acordo com informações da Folha de S.Paulo, a holding controladora da marca Johnnie Walker teria aberto um processo administrativo no Inpi (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) contra a João Andante, acusando o produto brasileiro de, pela tradução bem humorada que o batiza, ser uma “imitação” do uísque.
Controlada por quatro sócios como um negócio secundário, a João Andante comercializava cerca de 200 garrafas por mês, ao valor de R$ 40,00 cada e tendo seu site como grande canal de comercialização. Após a polêmica, porém, a marca ganhou enorme exposição na internet e, ainda segundo a Folha, seus pedidos por e-mail nas últimas duas semanas já chegam a mil garrafas.
O desenho que figura no rótulo da cachaça mineira mostra um andarilho bem diferente daquele presente na garrafa de Johnnie Walker, com representações voltadas ao regionalismo caipira do interior de Minas. A defesa dos sócios da João Andante é que, diferentemente do “concorrente” inglês, no qual o “Walker” vem do sobrenome de seu fundador, a cachaça brasileira adota o nome pelo sentido literal da palavra “andante”.