O Cade (Conselho Administraticvo de Defesa Econômica) reviu ontem (25) a medida cautelar que trazia restrições sobre a venda do grupo Ipiranga para Braskem, Petrobras e Ultra. A medida, determinada pelo relator do caso, conselheiro Luiz Fernando Rigato, atendia a um pedido da Seae (Secretaria de Acompanhamento Econômico) e da SDE (Secretaria de Direito Econômico), que demonstraram preocupação em relação à possível concentração no setor petroquímico e de distribuição. O documento foi revisto em alguns pontos, mas ainda garante que a venda de US$ 4 bilhões possa ser revertida caso o conselho vete. O novo texto libera Utra e Braskem para a finalização do negócio e dá um prazo de dez dias para que a Petrobras apresente uma proposta para os negócios de distribuição. A minuta será analisada pelo órgão antitruste e deverá atender as preocupações do conselho em relação à concentração no setor de distribuição de combustível.
Outro caso em análise pelo Cade refer-se ao pedido feito pela ABTA (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura) a respeito da compra da TVA pela Telefônica. A associação pedia que a negociação fosse barrada temporariamente. Embora considere que há riscos à concorrência, o conselho entende que a operação não oferece risco de dano irreparável.