Na semana passada, mais precisamente no dia 11, a Federação Brasileira de Umbanda entrou com um processo no Conar (Conselho Nacional de auto-Regulamentação Publicitária) contra a Renault. A decisão foi tomada por conta da campanha que divulgava a promoção “Operação Portas Abertas”, realizada entre os dias 6 e 15 de março de 2007, e desenvolvida pela Neogama/BBH. A entidade alega uso indevido de símbolos religiosos na peça criada pela agência. Procurada pelo P&M Online, a Renault e a Neogama afirmaram que em momento algum tiveram a intenção de menosprezar a religião. Leia a nota na íntegra:
“A Renault do Brasil e a Neogama/BBH afirmam que, em nenhum momento, promoveram vilipêndio religioso contra o umbandismo na campanha publicitária que divulgava a promoção Operação Portas Abertas, realizada entre os dias 6 e 15 de março de 2007.
O primeiro comercial apresentava a figura de uma mãe de santo procurada por um casal que gostaria de saber sobre seu futuro. Entre as visões que a mãe de santo teve sobre a sorte do casal, estavam a de que ele ganharia um carro, e de que ambos teriam condições financeiras de se casar em breve.
O segundo comercial apresentava um rapaz que foi à concessionária para tentar a sorte através da mecânica oferecida pela promoção – o uso de uma chave para ligar um dos modelos que, caso acionado, garantia ao cliente o ganho de um Clio F1 Team. Para incrementar sua sorte nessa tentativa, o rapaz levou quatro mulheres trajadas como típicas baianas, uma clara alusão a uma tradição popular que visa bons augúrios.
Em momento algum em ambas as mensagens as personagens da mãe de santo e das baianas fazem referência à compra ou venda de carros e à marca Renault. O uso de personagens que aludam a costumes religiosos brasileiros é habitual em campanhas publicitárias. Exemplos notórios disso são o uso da imagem de um monge beneditino chamado São Nunca em campanha assinada pela Ford, e a do São Longuinho em campanha assinada pelo Guia Mais, entre outros”.
Claudia Pereira