Ainda não divulgada oficialmente, a carta que resume as principais decisões do 1º ForCom (Fórum Permanente da Indústria da Comunicação) já está com uma versão circulando entre lideranças do segmento, a qual o propmark teve acesso, mas que pode ter copidesque. O documento cita o tamanho da indústria brasileira de comunicação em 2008, cujo volume foi de R$ 57,4 bilhões – equivalente a 100 mil empresas e cerca de 700 mil empregos diretos e indiretos. A carta tem anexo que faz críticas às mesas de compra para produção de comerciais e também  faz menção ao papel da Câmara Nacional de Arbitragem que envolve todos stakeholders do mercado de comunicação mercadológica. Leia a íntegra:

F O R C O M
Forum Permanente da Indústria da Comunicação
A Indústria da Comunicação

Formada por uma grande cadeia composta por veículos (TVs, rádios, jornais, revistas, mídia exterior, digital e outros meios), agências de todas as disciplinas e fornecedores de serviços especializados, a Indústria da Comunicação –protagonista e motivadora do desenvolvimento econômico e sociocultural do Brasil- movimentou, em 2008, R$.57,4 bilhões de reais, através de mais de 100 mil empresas que empregaram quase 700 mil pessoas.*
O Fórum Permanente da Indústria da Comunicação
O ForCom, foi criado por recomendação unânime do IV Congresso Brasileiro de Publicidade, o qual reuniu em Julho de 2008, 1.650 delegados, entre empresários, profissionais de todas as áreas da comunicação, jornalistas e representantes da academia.
A missão do ForCom é o fortalecimento e o desenvolvimento da Indústria da Comunicação no Brasil, zelando pelos interesses legítimos de todos os setores que a compõe, inclusive dos mais de 150 mil jovens que estão matriculados nas escolas de comunicação em todo o país.
Carta do I ForCom
Reunido em 27 de Maio de 2009, na cidade de São Paulo, o I ForCom com quorum de108 líderes setoriais e profissionais, representando 32 entidades integrantes da Indústria da Comunicação, debateu sobre temas de interesse do setor e da sociedade brasileira e, através desta carta, torna públicas as suas conclusões:
1. O ForCom acompanha com atenção e preocupação a todos os movimentos que vêem ocorrendo em alguns países da América Latina e que comprometem ou podem vir a comprometer a liberdade de expressão e a independência dos meios de comunicação.
2. Igual atenção e preocupação estão sendo dedicadas aos mesmos temas no Brasil, sobretudo no que se refere à liberdade de expressão comercial, ferramenta legítima da livre iniciativa e fundamental para a independência financeira –e, portanto, editorial- dos meios de comunicação.
3. O ForCom reafirma sua convicção de que a auto-regulamentação, adotada no Brasil há mais de trinta anos, é o mais moderno, democrático e eficiente instrumento regulador do conteúdo das mensagens, a partir da livre manifestação e participação da sociedade brasileira.
4. O ForCom, atento ao equilíbrio de toda a cadeia, manifesta apreensão com a sustentabilidade financeira de setores relevantes da indústria, ameaçados por formatos de cotação sem afinidade com os serviços prestados e pela sua conseqüente compra por valores anti-econômicos
5. O ForCom reitera o dever de obediência e respeito às normas setoriais democraticamente debatidas e aceitas, e que estabelecem as boas práticas nas relações comerciais entre empresas do setor e seus clientes.
6. O ForCom se propõe a promover a aproximação cada vez maior entre a academia e o mercado, com vistas a uma permanente melhoria na formação dos futuros profissionais e ao aprimoramento dos serviços prestados pelas empresas dos diversos setores da comunicação, em benefício dos clientes, dos consumidores e de toda a sociedade.
*Dados IBGE referentes ao ano de 2005.

por Paulo Macedo