A MChecon tem planos de atingir um novo patamar nos próximos quatro anos. Para chegar a esse objetivo, anunciou recentemente novos sócios. Há pouco mais de dois meses, a empresa passou a fazer parte da M&Co, primeira holding de infraestrutura e cenografia para eventos do Brasil e espera, a partir da nova composição societária, tornar-se mais competitiva. Na nova estrutura, Marcelo Checon, sócio-fundador da empresa, mantém a posição de CEO. Carolina Kordon, que era diretora-comercial, passou a ser sócia da MChecon; assim como Mário Cavalcante, COO; Edson Santos, diretor de planejamento e compras; e o controller Heitor Ideriha também se tornaram sócios de Marcelo, assim como Rafael Mattos, que já conduzia a área de marketing e, agora, vai implementar uma frente de inovação que tem como objetivo trazer novas tecnologias nos processos internos que agreguem valor à cenografia. Na entrevista a seguir, Marcelo Checon fala da importância do setor para valorizar uma marca e destaca ainda o design, a criatividade, a infraestrutura e a segurança necessárias para entregar eventos de live marketing de qualidade.

Oportunidade
A holding M&Co é uma iniciativa minha, pois vi uma oportunidade de reunir, em um único ecossistema de negócios, empresas que prestam serviços complementares de infraestrutura no setor de eventos/live marketing. Por isso, não se trata de um desdobramento da MChecon, mas da criação de um novo negócio, onde a M&Co passa a ter participação societária em quatro outras empresas – RECON Eventos, Triart Eventos, 100% Eventos e Checon Locações – que, ao lado da MChecon, referência em design e cenografia, traz como proposta oferecer soluções para clientes que procuram resolver todas as suas necessidades em eventos num único fluxo, otimizando o tempo de resposta e execução com ainda maior qualidade.

Única
Importante dizer sobre o pioneirismo que demonstra o tamanho do universo que podemos explorar. Não encontramos na América Latina outra holding com conceito de ecossistema de negócios focada em infraestrutura para eventos. Existem empresas como a GL Events que possuem capital estrangeiro, com um viés na aquisição de empresas e absorção delas por completo, eliminando toda a cultura da companhia adquirida.

Status
Está em pleno funcionamento e aprimorando os processos e relação com o mercado de eventos, com plano de investimento que pode chegar a R$ 50 milhões nos próximos dois anos e faturamento global aproximado de R$ 160 milhões ainda em 2022.

Projeto
A M&Co foi lançada no segundo semestre de 2020 e, por isso, não enfrentou a pandemia no seu auge. Com menos de dois meses de atuação, o ecossistema entregou um projeto para o Itaú Unibanco, em Minas Gerais. Foram criadas 14 agências bancárias temporárias, espalhadas em 12 cidades, para o atendimento em massa de clientes pelo período mínimo de três meses. Esses espaços exclusivos foram concebidos pela Promoeventos, agência de live marketing, que contratou a MChecon para o desenvolvimento cenográfico das agências temporárias. Além da MChecon, outras empresas da holding M&Co foram envolvidas na operação – RECON Eventos, referência no mercado brasileiro para locação de estruturas como tendas, grades e fechamentos; Triart, que trabalha, com exclusividade no mercado brasileiro, com o sistema modular de montagem de estantes em perfil de alumínio (Sodem); e Checon Locações, que forneceu o mobiliário para os espaços.

Responsabilidade
No que diz respeito especificamente sobre a parte da infraestrutura de um evento, a exposição do setor é muito grande, pois precisa garantir a segurança dos trabalhadores e do público circulante no evento. Isso faz com que as empresas precisem ser extremamente responsáveis, quando se trata de segurança na infraestrutura e velocidade de respostas durante a sempre dinâmica fase de execução e montagem. Nesse sentido, alguns aspectos são muito valorizados numa companhia que atua com eventos. Ela precisa ter as certificações exigidas e um corpo técnico competente para garantir que os estudos de arquitetura e engenharia estejam em acordo com as normas de segurança. Uma boa entrega só é possível se amparada por uma estrutura profissional, permanente e ampla, como galpões, logística e manutenção qualificados até a desmontagem do evento. Outro diferencial nesse segmento é a criatividade e design, que marcam a concepção do projeto. A atenção nestes diferenciais pode tornar a experiência única e inesquecível ao cliente.

Engajamento
O design e a cenografia são ferramentas do live marketing que se tornaram um ponto de extrema relevância no cenário da comunicação com o cliente. Quando uma ação live é absolutamente bem resolvida e envolve, além de todas suas ferramentas, elementos cenográficos que ambientam, favorecem a ação e posicionam as marcas, temos sem dúvida uma geração de valor para o engajamento com as marcas. Consideramos que a cenografia traz vida e ativa a marca, representando seu comportamento e posicionamento.

Movimento
Antes da pandemia, o setor representava nacionalmente em torno de R$ 4 bilhões em negócios. Segundo estudo da Associação Brasileira de Empresas e Eventos (ABEOC), a estimativa era que o setor teria crescimento de 14% em 2020. Com a chegada da Covid-19, no início de 2020, a realização dos eventos presenciais precisou ser interrompida. Como se pode imaginar, a situação afetou 98% das empresas do setor. Com a imunização da população avançando a passos largos e os setores voltando a movimentar negócios deveremos observar um crescimento dos eventos e estamos otimistas para 2022, visto o movimento que o mercado tem feito e com um segundo semestre mais aquecido e temos, sem dúvida, uma demanda reprimida por divulgação, relacionamento, exposição de marcas e volta do live presencial.

Recomposição
A M&Co. compõe parte do setor, com empresas em diferentes atividades para eventos e estamos focados no desenvolvimento e fortalecimento do ecossistema, otimizações intercompany de todas as atividades para a entrega de uma solução completa para qualquer tipo de evento. A mão-de-obra já está sendo recomposta de forma sólida e de acordo ao ritmo da volta dos eventos. Diante da perspectiva de crescimento e necessidade real já nesse segundo semestre, todas as empresas do grupo voltaram a contratar – destaque para a MChecon, que incorporou em sua equipe nos últimos dois meses 12 profissionais de diversas áreas e planeja contratar outros 15 para fazer frente às demandas. As outras empresas do ecossistema também estão fazendo contratações pontuais, além disso, a Triart vem investindo em uma unidade de Pesquisa e Desenvolvimento que está trabalhando em um novo método construtivo de seus estandes para melhorar ainda mais o acabamento, dar velocidade às montagens e ainda ser, novamente, a pioneira em inovação tecnológica para eventos

Balanço
Entre o período de 2013 a 2019 tem-se que o segmento de eventos cresceu em média 6,5% ao ano, de acordo com o estudo Dimensionamento Econômico da Indústria de Eventos do Brasil, da Abeoc, do Sebrae e da Universidade Federal Fluminense. Somente em 2013, o estudo constatou que o segmento movimentou R$ 209,2 bilhões, o que representa uma participação do setor de 4,32% do PIB. Além disso, a área empregava, direta e indiretamente, 2 milhões de pessoas – mais do que a indústria automobilística. A perspectiva com a retomada dos eventos é animadora e somos bastante acessados por clientes para o desenvolvimento de projetos de eventos em diversos setores da economia, alguns, inclusive, estreando em eventos, além dos, tradicionalmente ativos. Então, estamos confiantes e fomentando possibilidades de negócios e acompanhando de perto cada movimento do setor e da economia. Esta é uma característica da M&Co, inquieta e a todo momento se conectando e criando negócios.

Os sócios da MChecon (Divulgação)