(Crédito: Vinícius Serafim/ Divulgação)

Com o intuito de entender a percepção e o sentimento das pessoas em relação ao coronavírus, a agência Cheil traz o estudo ‘Evolução da crise da Covid-19’. Desenvolvido em parceria com a Opinion Box, os dados apresentam três análises de percepção – chamados de ondas – realizadas com homens e mulheres, maiores de 16 anos, e pertencentes a todas as classes e regiões do Brasil. 

“Começamos a pesquisa em março, pois todo mundo estava com aquele sentimento de entender o que iria acontecer. Com isso, percebemos que era preciso realizar um retrato contínuo do mude das pessoas, até mesmo, para elaborar campanhas mais assertivas. Então, fomos entender o que as pessoas estavam comprando, consumindo, como estavam se comportando e qual era a relação delas com a Covid-19 e o futuro”, comenta Paula Queiroz, head de planejamento da Cheil.

Paula Queiroz, head de planejamento da Cheil (Crédito: Divulgação)

Ainda segundo a executiva, nas três ondas, realizadas nos meses de março, junho e setembro, a sensação transmitida pelas pessoas são de pânico, resiliência e a de projeção de um futuro próximo. “Na primeira onda observamos um nível de preocupação e de não entendimento muito grande do contexto. As pessoas estavam preocupadas, mas não sabiam para onde ir. Já na segunda onda vemos as pessoas mais conscientes e adotando hábitos de proteção para ter uma melhor relação com a doença. O uso de máscara, por exemplo, saltou de 12% para 91,8%. E na terceira onda, com uma crescente da flexibilização, o cenário traz um pouco de alívio e resignação para as pessoas. O nível de preocupação com a doença cai de 66,7% para 49,8%, apesar do índice de contágio aumentar”, ressalta.

Já que foi possível acompanhar indicadores consistentes que devem nortear os próximos meses rumo ao novo normal, o estudo trouxe insights para um planejamento mais assertivo para o desenvolvimento de campanhas.

“Em junho, quando realizamos a campanha da Crystal UHD, da Samsung, trouxemos o mude da preocupação, do isolamento e da empatia com o próximo. A relação com a casa não era tão emocional como é agora. A gente já tinha uma visão de conexão com ela e com a televisão, mas agora ela estava diferente. As pessoas estavam dentro de casa e precisavam se adaptar a essa rotina. Na última onda, percebemos uma preocupação maior com a economia, até mais do que com a doença, então, trazemos um tom menos emocional e começamos a falar de futuro e tentamos estabelecer o que seria o novo normal”, diz Paula. 

(Crédito: Vinícius Serafim/ Divulgação)

A executiva não descarta a possibilidade do estudo ter uma quarta onda, já que o ano de 2021 vai começar enfrentando os percalços da pandemia. “ É importante notar que o tempo de expectativa das pessoas para a Covid-19 vai aumentando durante o estudo. No começo as pessoas diziam que a situação iria durar de dois a quatro meses. Hoje, cerca de 61% das pessoas acreditam que a situação vai durar de um até mais de dois anos. Este dado é muito impactante. Imagino que a próxima onda vai trazer a volta do receio com a doença. A evolução dos casos em São Paulo e uma possível regressão para a fase amarela, podem trazer novamente a sensação de medo para as pessoas”, revela.

O fato é que a Covid-19, com ou sem vacina, transformou o comportamento diário das pessoas. “Sabemos que a vacina vai chegar, mas não tão rápido como a gente cogitava na primeira onda. Entendemos que a vida precisa continuar e observamos um sopro de esperança em todas as ondas, mas as pessoas entendem que essa não é uma crise passageira como parecia ou se esperava no começo. Para 2021 vamos ter que entender, se adaptar e abraçar o novo”, finaliza.