Um novo negócio nasce numa bela casa na Vila Madalena fruto da crença no modelo de trabalho da co-criação, que muitos acreditam ser o futuro das estratégias para as marcas.

Por trás – e  por todos os lados – do projeto está Adrianne Elias, que há sete anos fundou a Content House e é certamente uma das pessoas que com mais propriedade falam de Branded Content no país hoje. Ex-cliente – antes foi diretora de marketing da Ambev -, Adriane tem uma ampla visão do mercado que ajudou a desbravar, ao desenvolver o primeiro programa de banded content em TV aberta do Brasil, lá nos idos de 2008,  na Rede TV, emissora que, segundo ela, era a única mais flexível ao formato que era uma novidade. O que ela fazia ainda não era dominado pelos players tradicionais do negócio da comunicacão – agências, veículos ou produtoras. 

“Fomos fazendo e aprendendo, cortando mato alto, não tinhamos para onde olhar, e acabamos ocupando um espaço no digital que as agências digitais ainda não ocupavam pois estavam voltadas para a criação de sites e afins”, conta.

Se ela não teve pra onde olhar pra criar seu negócio, dessa vez, para idealizar onovo negócio totalmente independente da Content House, inspirou-se na Makers Studios, recentemente comprada pela Disney, e também no mercado asiático, onde bandas de K-Pop, por exemplo, transformam-se em gigantescos negócios de licenciamento.

A Co_Creators se propõe a intermediar da relação das marcas com os influenciadores digitais. Uma “one stop shop” que combina agência criativa, produtora de filmes, agência digital e agenciadora artística. Já tem cerca de 15 Youtubers em seu cast, de diversos segmentos (humor, educação, música, lifestyle, entre outros), e trabalhará com eles em regime de co-autoria em projetos para as marcas, oferecendo estrutura e planejamento.  Oito estúdios com inúmeras possibilidades ficam à disposição dos criadores, que também contam com o suporte do time especializado que vai de film-makers a diretores de arte para a produção de conteúdo e cocriações de branded content. Eles irão co-criar, coproduzir, aprender a gerenciar seus canais, amplificar e, claro, monetizar seu conteúdo.

O modelo é o seguinte: após um breve cadastro no site, os interessados batem um papo com um time de curadores da agência, que avaliam também a proposta do canal e, se forem selecionados, se encaixam em um dos planos: Starter, para quem está começando no mundo digital ou Profissa, para quem quer profissionalizar seu canal. Ambos pagam uma mensalidade à Co_Creators. O Dream Team, quem já está bombando e tem oportunidades de emplacar projetos com grandes marcas, trabalha com a agência em regime de revenue share, firmando acordos de exclusividade para desenvolver produtos – como uma espécie de Endemol da internet, co-criando novos formatos para monetizar.

“Velocidade é a chave nesse novo mundo. Enquanto minha equipe cria algo, 100 outras ideias surgem lá fora e que precisam de ajuda para serem viabilizadas. Por isso colocamos os youtubers direto no processo. Somos um hub criativo”, disse Adrianne, que realocou algumas pessoas do time criativo da Content House para a nova empresa, e cercou-se de um grupo de profissionais de business intelligence e oferece inúmeras ferramentas para criar projetos embasados e que façam sentido para as marcas. As áreas de atuação serão aplicativos e e-learning (palestras), licenciamento e e-commerce.