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Publicado nesta segunda-feira (30), o ranking anual Agency Report do Advertising Age, que atesta as receitas dos principais grupos de comunicação do mundo, aponta uma nova dinâmica no mercado global de publicidade.

Quatro grandes grupos do mercado há quase duas décadas, WPP, Omnicom, Publicis e Interpublic seguem nas respectivas posições, mas a tendência é que os próximos anos tragam novidades nesse sentido.

Isso porque, o WPP, embora siga líder do mercado com receita de US$ 19,70 bilhões em 2017, obteve um crescimento baixo, de apenas 1,7%, na comparação com o ano anterior. A mesma lógica vale para o segundo colocado, Omnicom, com receitas de US$ 15,27 bi e crescimento negativo de -0,9%, O terceiro, Publicis, com US$ 10,92 bi e alta de 1,4% e o Interpublic, com US$ 7,88 bi e 0,5%, especialmente, já começam a ser ameaçados por novos concorrentes.

No caso do Interpublic, ele já quase foi ultrapassado pelo grupo japonês Dentsu, que teve receitas de US$ 7,82 bi e crescimento expressivo de 8%. Mas é a partir daí que o novo jogo começa a ficar realmente interessante.

O AdAge passou a computar há alguns anos os resultados das operações digitais das consultorias de negócio e tecnologia. São esses braços que, a rigor, acabam disputando espaço e projetos com as agências de publicidade. Antes discretos, esses resultados começam a impactar a dinâmica do mercado. Não apenas pelas receitas representativas, mas principalmente pelo índice de crescimento acelerado.

O sexto maior grupo de comunicação do mundo, hoje, é a Accenture Interactive, com receitas de US$ 6,51 bilhões e uma alta de 34,8% entre 2016 e 2017. Se todos mantivessem o mesmo índice de crescimento, a Accenture ultrapassaria no próximo ranking os grupos Dentsu e Interpublic, tornando-se um dos quatro grandes da publicidade mundial.

E ela não está sozinha: na sétima colocação do ranking do AdAge ficou a PwC Digital Services, com US$ 5,06 bi de receitas de alta de 54,9%, seguida por Deloitte Digital, com US$ 4,06 bi  e alta de 30,9%. Na sequência estão Cognizant Interactive, com US$ 3,94 bi e crescimento de 28,7% e IBM iX, com US$ 3,49 bi, receita 18,1% maior que no ano anterior. 

Apenas depois delas vieram players tradicionais da publicidade como o Havas, décimo primeiro com receitas de US$ 2,55 bi (alta de 1,3%), e a japonesa Hakuhodo, décima segunda com (US$ 2,35 bi e crescimento de 6,4%.

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