Se em 2001 as pessoas ficaram sabendo, em sua maioria, pela televisão sobre o atentado às Torres Gêmeas, hoje em dia, como demonstraram os atentados a Paris no ano passado, a informação em massa foi divulgada pela internet. “A comunicação era linear, vinha essencialmente pela televisão. Hoje, 14 anos após o 11 de setembro, a comunicação se dá em formato de ondas: em Paris as próprias vítimas conseguiram gravar mensagens e compartilhar nas redes sociais, deixando a televisão com um papel secundário.”, lembra Fernanda Bassanello, da Millward Brown, durante o Congresso da Abep (Associação Brasileira de Empresas de Pesquisas).

Alê Oliveira

O exemplo citado por Fernanda demonstra a evolução das mídias e, consequentemente, desafios para as marcas se comunicarem melhor nesse cenário em constante movimento. No estudo “Não perca o bonde do mundo digital”, Fernanda lembra que se de um lado os meios mudaram, do outro, o consumidor também evoluiu, ele não se manteve estático. “Deixa de existir um target e a gente começa a falar com uma audiência que tem uma segmentação mais efêmera”, comenta. “Para esses novos consumidores não existe diferença entre off e on – isso é algo que o marketing cria. O online não é um meio, é um grande universo de meios e cada um desses meios possui um formato diferente”, acrescenta.

A executiva cita três características que as marcas, portanto, precisam analisar ao criar uma mensagem para esse cenário de infinitas possibilidades: contexto, pessoas e conteúdo. “Para falar com o consumidor é preciso encontrar uma fórmula que seja relevante para ele e também para os anunciantes”, afirma, reforçando que no universo online é preciso muito cuidado para não tornar-se invasivo.